Garibaldi diz que só desiste da candidatura à Presidência se PMDB assim o decidir



O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, disse nesta segunda-feira (12) que a única hipótese de desistência da sua candidatura à reeleição seria a perda do apoio do seu partido, o PMDB. Garibaldi afirmou que não existe um candidato que o "bote para correr", pois conta com 19 votos no partido, e que não desistiria em favor do senador Tião Viana (PT-AC).

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- Diga ao senador Tião Viana (PT-AC) que se ele quiser desistir, que desista. Mas eu desistir em favor dele, não. Por quê? Dezessete senadores me apoiaram e outros dois trouxeram o apoio depois. Até agora, nenhum dos 19 veio me dizer que eu não contaria com o voto de um deles. Então eu não tenho motivo nenhum para desistir. Só desisto se o PMDB, aqueles senadores se reunirem e disserem: "não, você não é mais candidato". Sem o apoio do partido, fica difícil. A não ser que eu encontrasse outro partido, mas isso não é fácil. Eu não sou candidato de mim mesmo. Sou candidato da bancada - assegurou.

Garibaldi disse que, até onde sabe, o senador José Sarney (PMDB-AP) não é candidato e nem lhe pediu para desistir. Mas, dependendo das circunstâncias, ele admitiu que poderia conversar sobre a possibilidade. O senador lembrou que já foi candidato 11 vezes, entre eleições diretas a cargos diversos e à Presidência do Senado. Ganhou 10 delas, perdeu uma e não desistiu de nenhuma, frisou.

Garibaldi ainda disse que não teme uma possível impugnação da sua candidatura, pois afastou todas as dúvidas jurídicas recorrendo a pareceres de juristas como Francisco Rezek, Maurício Correia, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Luiz Barroso e outros. Esses pareceres lhe deram a segurança de que qualquer tentativa de impugnação não obterá sucesso.

Terceiro mandato

Garibaldi também advertiu os jornalistas sobre "interlocutores do governo" ou "gente da oposição" que, sem se identificar, lançam candidaturas e rumores sobre um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Essa gente tem que botar a cara e dizer quem é. Gente eu sei que é, mas pode ser que não seja uma pessoa que mereça tanta fé. Na verdade, eu não vejo ninguém da oposição defendendo essa tese [do terceiro mandato para Lula], porque é absolutamente esdrúxula. As pessoas precisam assumir: 'olha, eu estou dizendo que é isso. Quem sou eu? Fulano de tal' - disse. 

Ricardo Icassatti / Agência Senado



12/01/2009

Agência Senado


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