Maguito comunica candidatura à presidência do PMDB



O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) comunicou oficialmente ao Senado, nesta sexta-feira (dia 24), sua candidatura à presidência nacional do PMDB para, segundo ele, fazer o partido retornar às suas origens, tornar-se independente, desvinculado do atual governo. Maguito disse ter certeza de que a convenção nacional do partido, prevista para o próximo dia 9 de setembro, lançará um candidato próprio à presidência da República. Para o senador, o PMDB tem de se aproximar do cotidiano das ruas.

- O meu objetivo é renovar o partido, retirando-o da desmoralizante condição de apêndice do governo federal. Nada temos em comum com um governo que errou na definição das suas prioridades, continuou errando na execução das suas políticas e insiste em perpetuar seus desacertos, como se não existissem outras alternativas.

Segundo Maguito Vilela, é chegada a hora de tornar o PMDB "livre do equívoco de participar de um governo frio e insensível diante das carências do povo brasileiro", um governo, segundo ele, marcado por índices recordes de rejeição.

Maguito Vilela disse que a impopularidade do governo Fernando Henrique não é uma invenção dos seus adversários políticos, mas uma realidade confirmada pelas pesquisas. Para o senador, "são as bases que querem o rompimento com o governo federal", observando que sua candidatura representa a certeza de que as bases serão ouvidas.

- O PMDB - prosseguiu - não pode mais aceitar o rótulo de partido de elite, que barganha e faz acordos espúrios.

Para o senador, "é inaceitável que o presidente da República, que integra um outro partido, queira influir nos rumos do PMDB". Disse ainda ser ponto de honra de sua plataforma a não aceitação de qualquer ingerência de políticos de outras legendas no destino do seu partido.

Ao criticar a atual política econômica, Maguito Vilela defendeu um PMDB livre e contrário ao projeto neoliberal do atual governo, "que liquida o patrimônio nacional, sufoca os trabalhadores, relega a agricultura ao abandono, persegue os aposentados e empobrece a classe média". Para ele, o atual governo transformou o Brasil no pior modelo de distribuição de renda do mundo. Citando dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que mais de 50 milhões de brasileiros são indigentes e vivem abaixo da linha de pobreza, com R$ 80 reais por mês.

Para Maguito Vilela, o clamor das bases não aceita mais que o PMDB continue reduzido a moeda de troca, garantindo os interesses de um pequeno grupo dentro do atual governo.

- A nossa sigla - frisou - é preciosa demais para ser negociada do balcão do clientelismo de elite do Palácio do Planalto.

24/08/2001

Agência Senado


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