Garibaldi: quanto mais o trabalhador vive, maior a perda ao aposentar-se



Primeiro orador da sessão de homenagem ao Dia Nacional do Aposentado, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, observou que, paradoxalmente, hoje, quanto maior for a expectativa de vida do trabalhador, maior será a sua perda salarial depois que se aposentar. Ele pediu uma discussão madura a respeito dessa questão, porque considera a perda dos aposentados incompatível com os índices de crescimento do Brasil.

- Um país que cresce como o nosso, que vem tendo expectativa de crescimento ainda maior, se Deus quiser, não pode deixar para trás aqueles que tanto contribuíram, que tanto lutaram para que a realidade de hoje fosse uma realidade como essa.

Ao lado do senador Paulo Paim (PT-RS), que ele definiu como infatigável incentivador da luta em favor dos aposentados, e do ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, Garibaldi Alves disse que o Senado está consciente dos problemas enfrentados e da luta dos aposentados para eliminar a defasagem que existe hoje entre a política de recuperação do salário mínimo e a política de recuperação dos seus proventos.

- O ministro, mais do que ninguém, tem-se dedicado a fazer com que possamos ter finalmente uma política previdenciária que será o grande passo para que possamos dizer que este é um país justo. Isso acontecerá na hora em que pudermos dar a Cesar o que é de Cesar, dar aos aposentados o que merecem os aposentados.

Garibaldi Alves sublinhou a vontade dos senadores de aprovarem normas legais capazes de eliminar essa defasagem salarial da qual a maioria dos aposentados se queixa. Ele disse que uma das metas da instituição é agir para assegurar, aos que não podem mais trabalhar, vida digna, respeito e reconhecimento.

Na opinião do senador, a data em que se homenageiam os aposentados serve, acima de tudo, para uma grande reflexão sobre o desafio que a situação deles hoje representa para o país. Mas o presidente do Senado também alertou:

- Nós sabemos que, entre o discurso e a prática, às vezes, temos uma dificuldade muito grande, dificuldade essa que só poderá ser superada se nós não perdermos essa capacidade de indignação com a situação dos aposentados, mas também de mobilização como os senhores estão fazendo. E também com o estabelecimento de um diálogo que não venha exigir do governo aquilo que ele não possa conceder.

26/02/2008

Agência Senado


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