Garibaldi diz que trabalhador já poderia ter conquistado lei trabalhista mais moderna
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, declarou, na manhã desta quarta-feira (30), que o trabalhador brasileiro já poderia ter conquistado uma lei trabalhista mais moderna, capaz de proporcionar-lhe mais direitos e deveres. Na mesma entrevista, ele reconheceu que o trabalhador brasileiro está hoje mais organizado, inclusive em razão da atuação das centrais sindicais. Garibaldi foi questionado por jornalistas sobre a baixa freqüência de senadores e deputados ao Congresso, às vésperas do feriado do Dia do Trabalho.
- Eu já estou ficando repetitivo com essa ladainha de que, de um lado, as medidas provisórias, e de outro, os próprios senadores concorrem para que a pauta fique trancada e não se vote. Acho que não se deve esperar por uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre as medidas provisórias. O Supremo tem seu ritmo, a sua dinâmica. O Congresso também tem seu ritmo. Nenhum poder pode atrelar o outro - declarou.
Questionado por que, na terça-feira (29), nem a base oposicionista nem a governista deram quórum para votação em Plenário, o presidente do Senado reconheceu que o esvaziamento verificado nesta semana é proporcionado pelo feriado de 1º de maio e pela obstrução da pauta.
- Os parlamentares dizem que "se não for para votar eu não vou lá". Então isso é realmente uma coisa que precisa ser corrigida urgentemente.
Ante a observação dos jornalistas de que em maio há mais um feriado, enquanto em junho estão previstas as festas juninas, que atraem vários parlamentares a seus estados, Garibaldi disse que não considera o ano perdido. E lembrou que algumas matérias relevantes já foram votadas em 2008, informando ainda que alguns partidos já lhe enviaram listas de matérias que consideram consensuais para votar neste semestre.
Garibaldi também respondeu a uma pergunta dos jornalistas sobre divergência de opinião com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, a respeito do papel hoje exercido pela imprensa como caixa de ressonância da sociedade. Chinaglia disse não admitir que a imprensa paute o Legislativo, o que, na opinião do presidente do Senado, é exatamente o que está acontecendo atualmente.
- Hoje de manhã, conversei com Chinaglia sobre isso e ele me disse que foi mal interpretado. Ele também comunga de uma certa maneira do entendimento de que a parceria entre imprensa e Parlamento já foi maior. O Parlamento tem-se mostrado pouco vigoroso, e quantas lutas estão aí que juntaram a imprensa e o Parlamento, como a campanha da anistia. E, se remontarmos ao passado, veremos exemplos muito maiores - acrescentou.
30/04/2008
Agência Senado
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