Garibaldi volta a defender reforma política



O senador Garibaldi Alves Filho (DEM-RN) lamentou nesta quinta-feira (5), em Plenário, a falta de consenso político que impediu que a Câmara votasse, nesta semana, a proposta de reforma política já aprovada no Senado.

- A Câmara rejeitou a reforma política, o que a levou à estaca zero. Os líderes partidários tentaram construir um consenso em torno de algumas propostas, mas a Casa não foi receptiva ao apelo da importância de dotarmos o país de novas regras político-eleitorais. Na verdade, está em curso um processo que se arrasta há mais de uma década, entre avanços e recuos - lamentou.

Em seu discurso, Garibaldi Alves Filho chegou a questionar a importância da adoção da reforma política, tendo em vista as dificuldades para implantar ações de aprimoramento do atual sistema eleitoral. Segundo ele, o eleitor precisa ser estimulado a votar nos partidos, e não mais em candidatos.

- Hoje, existe uma unanimidade entre estudiosos, imprensa e políticos de que o sistema proporcional é anacrônico e gera um processo deletério de enfraquecimento dos partidos, além do que produz vícios e distorções eleitorais. No entanto, toda vez que se tentou modificá-lo, esbarrou-se na falta de consenso e de visão do Parlamento, afundado em interesses corporativos e pessoais - disse.

Em aparte, o senador Jayme Campos (DEM-MT) classificou como oportuno o discurso de Garibaldi Alves Filho, mas disse acreditar que o Brasil não está "preparado culturalmente" para votar em partidos, uma vez que em muitos estados ainda prevalecem os "caciques políticos". Jayme Campos disse que é preciso reduzir o número de partidospara o país poder pensar na adoção do financiamento público de campanha, um dos itens previstos pela reforma.



05/07/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Garibaldi volta a defender regulamentação do lobby

Garibaldi volta a defender a independência do Parlamento

Renan volta a defender reformas política e tributária

Em encontro com Tarso Genro, Renan volta a defender "concertação" política

Papaléo diz que votará contra a CPMF e volta a defender a reforma tributária

Papaléo diz que votará contra a CPMF e volta a defender a reforma tributária