Geovani Borges diz que crimes eleitorais do casal Capiberibe foram comprovados pela Justiça
Em pronunciamento nesta quinta-feira (14), o senador Geovani Borges (PMDB-AP) afirmou que a Justiça brasileira já comprovou que João Capiberibe e Janete Capiberibe cometeram crime eleitoral em 2002, tendo seus mandatos cassados em virtude da decisão transitada em julgado.
Geovani Borges disse que o então senador Capiberibe teve seu mandato cassado em 2005 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o mesmo ocorrendo, em 2006, com a então deputada federal Janete Capiberibe. Ambas as cassações foram por delito eleitoral de compra de votos no pleito de 2002, decisões essas confirmadas posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acrescentou o senador.
- O casal Capiberibe insiste em questionar a decisão que os tornou inelegíveis. Sua principal estratégia de defesa é a desqualificação das duas testemunhas, Maria de Nazaré Oliveira e Rosa Saraiva dos Santos. O casal Capiberibe, que comprou os votos dessas duas senhoras por R$ 26, insiste em acusá-las de terem sido cooptadas pelo PMDB a prestarem seus depoimentos - disse Geovani Borges, acrescentando que ambas as testemunhas confirmaram a compra de votos inúmeras vezes à Justiça e à imprensa.
Mas as provas contra os Capiberibe não se restringem a esses depoimentos, segundo Geovani Borges, pois outras provas ampararam a decisão do TSE, como as constantes em pareceres da Procuradoria Geral Eleitoral. Uma delas se refere à apreensão, na residência de correligionárias do casal, de R$ 15,5 mil, "distribuídos em sacolas com nomes de potenciais eleitores de João e Janete Capiberibe". Ainda de acordo com Geovani Borges, João Capiberibe "tentou cooptar as duas testemunhas para que mudassem seus depoimentos, mas não obteve sucesso".
O senador afirmou ainda que parecer do Ministério Público Eleitoral comprovou que os depoimentos das duas testemunhas eram autênticos e que os R$ 15,5 mil encontrados seriam destinados "à compra de votos e à boca de urna".
Geovani Borges também citou literalmente o então procurador regional eleitoral, Manoel Pastana, responsável pela operação de busca e apreensão em comitê eleitoral do casal. Em seu livro De faxineiro a procurador da República, informou Geovani Borges, Pastana afirma: "Não houve injustiça contra o casal Capiberibe. (...) A cassação não foi apenas com base nas declarações das duas testemunhas. (...) No caso Capiberibe havia farto material apreendido e os testemunhos das duas eleitoras não estavam isolados no contexto probatório".
- Diante da dificuldade em convencer o senhor João Capiberibe de sua mais que comprovada culpa, resta-nos aplaudir a Justiça brasileira por mais uma prova de sua independência e de sua imparcialidade - declarou Geovani Borges.
14/07/2011
Agência Senado
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