Geraldo Cândido cobra política social em favor de negros e índios
Para Geraldo Cândido, o Brasil, país que manteve mais escravos no continente americano e o último a abolir a escravidão, tem a obrigação moral de reparar os danos causados à população negra ao longo da história.
O senador elogiou a proposta de criação de cotas para negros nas universidades, observando que a desinformação sobre a questão racial no Brasil faz com que parte da sociedade acredite que políticas reparatórias, a exemplo do sistema de cotas, seja uma forma de privilegiar um determinado segmento social.
O governo, na avaliação de Geraldo Cândido, deve investir em informação a fim de mostrar que os negros representam uma grande parcela da população que, "da condição de escravo, foi abandonada pelo Estado à própria sorte". Por esse motivo, acrescentou o senador, o Estado deve assumir a responsabilidade sobre a inclusão social dessa maioria brasileira.
Entre propostas que poderiam beneficiar a comunidade indígena e negra do Brasil, o senador destacou a criação de um fundo de desenvolvimento, cujo objetivo seria financiar a construção de escolas de ensino médio e fundamental, de escolas técnicas, de cursos preparatórios para o vestibular e de centros de formação profissional.
Geraldo Cândido criticou o texto aprovado na Conferência de Durban, salientando que o "malabarismo" da linguagem diplomática, nesse caso, impediu a efetiva reparação aos países da África, vítimas de exploração durante séculos. O senador ressaltou que o texto considera a escravidão um crime, mas omite culpados, "deixando a culpa no passado".
17/09/2001
Agência Senado
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