Geraldo Cândido critica as privatizações dos serviços de água e esgoto
Em 1989, afirmou Geraldo Cândido, a então primeira-ministra Margaret Tatcher privatizou os serviços de saneamento do país. Em dois anos as tarifas subiram 30%, os lucros das companhias chegaram a 360% e a falta de água na Inglaterra durante o verão fez com o número de ingleses revoltados com a privatização aumentasse a cada dia, relatou.
No Rio de Janeiro, o senador disse que mais de 300 mil consumidores inadimplentes tiveram os seus serviços de água cortados, enquanto os órgãos estaduais figuram na lista dos maiores devedores da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). Só o Palácio da Guanabara tem uma dívida de R$ 2,3 milhões com a empresa do estado, ressaltou.
Na sua avaliação, o caso do Rio de Janeiro é típico, de má gestão estadual e federal. Segundo o parlamentar, o Executivo não tem repassado os recursos para o setor de forma adequada: em 2000, dos R$ 13 milhões previstos no orçamento da União para financiar a implantação, ampliação e melhorias do sistema de saneamento estadual, apenas 19% foram liberados.
O senador alertou ainda para o fato de que muitas empresas de coleta de lixo servem de "caixa dois para campanhas de prefeitos corruptos que se beneficiam das altas tarifas que cobram pelo serviço".
- A população é a maior prejudicada pela atitude do governo de transferir a responsabilidade de saneamento básico para empresas privada.s Com isso o governo demonstra mais uma vez ser um governo subordinado ao FMI e ao neoliberalismo selvagem - completou o senador.
24/05/2001
Agência Senado
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