Geraldo Cândido defende ações positivas contra discriminação



Os projetos que sugerem a criação de políticas de cotas para facilitar o acesso dos afro-descendentes à escola e a vagas de emprego são válidos, mas não vão resolver o problema das diferenças de oportunidades e da discriminação racial no Brasil. Para isto, o ideal é a adoção de ações positivas que permitam aos negros as mesmas condições que os brancos possuem para participar da sociedade. A avaliação é do senador Geraldo Cândido (PT-RJ), que chamou atenção para a celebração, nesta quinta-feira (21), do Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial.

A data, segundo Cândido, é lembrada em todo o mundo e foi escolhida para homenagear os 60 mártires negros da cidade de Chaterville, na África do Sul, que foram mortos por se negarem a aceitar a imposição do governo branco de adotar o Afrikaans (uma mistura do dialeto local, do holandês e do inglês) como idioma oficial da cidade.

Neste dia 21, acentuou Cândido, as várias comunidades de afro-descendentes no Brasil e no mundo estarão promovendo atos de conscientização, com atividades em escolas, assembléias legislativas, centros culturais e políticos para lembrar a luta dos negros contra as desigualdades de que são vítimas.

O senador, para quem não é verdadeiro o discurso de que no Brasil existe uma democracia racial, lembrou o sofrimento que marcou a trajetória dos afro-descendentes no país desde a abolição da escravatura, em 1888.

- Os dados do IBGE, do IPEA e de várias universidades brasileiras demonstram que os negros sofrem discriminação no ambiente de emprego, ocupando cargos mais baixos e recebendo salários menores, no acesso ao estudo e nas condições gerais de saúde, alimentação, moradia, etc. - observou Geraldo Cândido. ( Ver matéria sobre dados da discriminação .).

Ações afirmativas

Para Cândido, a melhor maneira de reverter esse quadro é propiciar, por meio de uma política social afirmativa, ações positivas que visem dar apoio aos negros para que eles possam ter acesso à escola, a boa alimentação e saúde, salários e empregos dignos, entre outros.

- O problema de o negro não estar em pé de igualdade com o branco não é de capacidade, mas sim de oportunidade e condições gerais de vida. É preciso que se adotem ações que mudem esse quadro, permitindo aos negros a dignidade de um cidadão comum - recomendou o senador.




20/03/2002

Agência Senado


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