GERALDO CÂNDIDO DEFENDE REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO



Em homenagem ao 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalho, o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) afirmou que, após mais de um século de lutas, a redução da jornada de trabalho continua na ordem do dia como uma das principais bandeiras do movimento sindical. A reivindicação de uma jornada de 40 horas semanais reuniu as duas maiores centrais sindicais brasileiras - a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical -, para as quais a redução da jornada geraria 1,7 milhão de novos empregos, relatou o senador.
A definição de um salário mínimo, acrescentou, é outra bandeira relacionada ao 1º de maio. Para o senador, contrariamente ao que afirma o governo, haveria recursos orçamentários para aumentar o piso, caso as prioridades do Executivo não fossem a de "manter o bem-estar dos agiotas nacionais e internacionais" e a de privatizar a Previdência Social.
Geraldo Cândido salientou que, em relação às duas bandeiras, apresentou projetos de lei que tramitam na Casa. Um deles propõe uma jornada de trabalho de 7 horas diárias e de 35 horas semanais. O outro fixa o valor do salário mínimo em 1/20 do teto salarial para os servidores públicos, equivalente a R$ 11.500. "O mínimo valeria R$ 575, coincidentemente, um valor quase igual ao de 1940, se atualizado", observou.
Na opinião do senador, o salário de R$ 151 (cerca de US$ 85 dólares) proposto pelo governo federal "é ridículo, imoral e desumano", bastando compará-lo aos mínimos de outros países, inclusive alguns dotados de economias menores e menos dinâmicas que a brasileira: Estados Unidos, US$ 1.060; França, US$ 1.018; Espanha, US$ 699; Argentina, US$ 283; Uruguai, US$ 239; Venezuela, US$ 178; e México, US$ 151.

04/05/2000

Agência Senado


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