Vanessa Grazziotin defende redução da jornada de trabalho



Ao relembrar as lutas históricas dos trabalhadores por seus direitos, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que ainda há muitos benefícios a serem assegurados, em especial a redução da jornada de trabalho – das atuais 44 horas para 40 horas semanais. A mudança, avaliou, ajudaria a combater o desemprego.

- Vejo a crise econômica vivida no mundo e no Brasil não só como uma janela para mudar alguns conceitos da política macroeconômica aplicada há algum tempo, mas também para mudar algumas questões estruturais. E uma delas, sem dúvida, seria a diminuição da jornada de trabalho – disse a senadora durante pronunciamento em homenagem ao Dia do Trabalho.

Segundo a senadora, estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que com a redução da jornada seriam criadas cerca de 2,5 milhões de novas vagas de trabalho. A medida ainda poderia elevar a formalização nas relações de trabalho e diminuir o número de horas extras, algo que a seu ver é desgastante para a maioria que acaba se submetendo a tais condições por imposição dos patrões.

A adoção das 40 horas – que opõe sindicatos dos trabalhadores e patronais – também poderia contribuir para diminuir o volume de doenças laborais. Vanessa aproveitou para defender a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), “essencial para proteger o lado mais fraco da relação de trabalho”.

Vanessa Grazziotin também comemorou o crescimento de mais de 15% da renda das famílias, de 2000 a 2010. Em média, a renda familiar, que era de R$2,297 mil, passou para R$2,653 mil. A melhoria na remuneração das mulheres exerceu um papel importante, uma vez que a diferença salarial entre os gêneros, que hoje é de 26%, já foi de mais de 30%. Ela também comemorou o fato de a maior redução da desigualdade de salários ter ocorrido na Região Norte.

Corrupção

Vanessa Grazziotin afirmou que o combate à corrupção não pode ser bandeira política de quem quer que seja, mas deve ser uma preocupação presente e um orientador dos atos de todos os agentes públicos. Para ela, são necessárias medidas estruturantes para tentar diminuir a corrupção, “o grande mal da sociedade capitalista”. Ela defendeu a aprovação da proposta que criminaliza o enriquecimento ilícito e sugeriu que, além de punição criminal aos que recebem recursos desviados, se obrigue a quem praticou o ato de corrupção a devolver o dinheiro devolvido.



30/04/2012

Agência Senado


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