Geraldo Cândido denuncia violência institucional



O senador Geraldo Cândido (PT-RJ) denunciou o clima de arbítrio, intimidação e tortura psicológica a que estão sendo submetidos os servidores do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. "Há anos que os 7.265 servidores civis das Forças Armadas reivindicam sua inclusão no Plano de Cargos e Carreira (PCC) e o pagamento correto do reenquadramento", explicou.

No dia 1º de fevereiro, os funcionários civis do Arsenal de Marinha fizeram um protesto diante do prédio da direção e foram surpreendidos por um aparato de guerra para coagir os trabalhadores e fazê-los recuar. Como se decidiram por novo protesto, em frente ao 1º Distrito Naval, passaram a ser filmados e foram alvo de sindicâncias e investigações pelo serviço secreto da Marinha, relatou.

O senador leu carta da direção do Sindicato dos Servidores Civis na Forças Armadas do Rio de Janeiro (Sinfa-RJ) denunciando clima de terror somente visto durante o regime militar. "Entendemos que estamos vivendo num regime democrático onde os cidadãos têm, conforme reza a Constituição, o direito à livre manifestação", diz a carta.

Segundo Geraldo Cândido, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão já reconheceu o direito desses servidores ao PCC, mas até hoje nenhuma medida efetiva foi tomada pelos órgãos competentes para fazer valer a lei e garantir o que é devido a esses servidores.

O senador protestou contra a persistência do impasse, sem que haja, por parte do ministério, qualquer disposição para negociar e buscar uma solução definitiva. "É uma questão de direito e justiça. Os trabalhadores não podem continuar estagnados na carreira e excluídos do PCC", observou Geraldo Cândido.



06/03/2002

Agência Senado


Artigos Relacionados


Geraldo Cândido denuncia falta de planejamento no setor elétrico

Geraldo Cândido critica crescimento da violência no país

Geraldo Cândido lembra mortos pela violência no campo

GERALDO CÂNDIDO HOMENAGEIA ZUMBI E JOÃO CÂNDIDO

GERALDO MELO RESSALTA NECESSIDADE DE SE EVITAR O IMPASSE INSTITUCIONAL

Casagrande : violência na porta do plenário decorre de "anomalia institucional"