Geraldo Cândido lembra mortos pela violência no campo



Os cinco anos do assassinato de 19 trabalhadores rurais em Eldorado de Carajás (PA) - transcorridos no último dia 17 - representam a oportunidade de reflexão sobre a violência no campo, afirmou nesta quinta-feira (dia 19) o senador Geraldo Cândido (PT-RJ). "A história da luta pela terra foi escrita com o sangue. Não foram poucos os que tombaram pelos seus ideais", disse o senador.

Cândido fez um inventário de episódios de violência no campo cujos responsáveis não foram ainda punidos. Um deles, o assassinato da sindicalista paraibana Maria Margarida Alves, ocorreu há quase 18 anos. Dados da Pastoral da Terra, apresentados pelo senador, indicam que entre 1985 e 1995 foram assassinadas 922 pessoas no campo, somando-se mais de 820 registros de tentativas de homicídio e 2.412 ameaças de morte. "Em razão desses crimes, apenas 57 pessoas foram processadas e tão-somente 12 condenadas", lamentou.

Cabe ao governo federal, na avaliação do senador, eliminar a tensão no campo, fazendo a reforma agrária. "Segundo o Incra, 2% de proprietários rurais são donos de mais de 50% das terras. Se o governo fizesse de fato a reforma agrária, poderia desapropriar mais de 100 milhões de hectares, beneficiando 8 milhões de famílias", disse Cândido.

19/04/2001

Agência Senado


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