GERALDO MELO DEFENDE CONSOLIDAÇÃO DA ESTABILIDADE
A consolidação da estabilidade econômica alcançada no Brasil foi defendida nesta segunda-feira (dia 6) pelo senador Geraldo Melo (PSDB-RN), ao analisar a "aparente crise" causada pelo confronto entre os desenvolvimentistas "gastadores" e os "sovinas" defensores da estabilidade que fazem parte do governo. Para o senador, a questão é mais de atitude do que uma crise real gerada por problemas econômicos. "Não haveria problemas na Inglaterra, nos Estados Unidos, no Japão ou na Alemanha se o desenvolvimento significasse abolição de problemas", disse o senador.Melo acredita que é preciso reconhecer a necessidade de evitar paradigmas rígidos ou padrões importados de outros países. Como exemplo, o senador citou a Índia, onde é possível colher lições para evitar problemas que se eternizaram naquele país, como o sistema de castas que impossibilita a ascensão social. "Na Índia, 50 milhões de habitantes nasceram, vivem, viverão e morrerão nas ruas sem terem dormido uma única vez sob um telhado. Países como a Índia e os Estados Unidos são exemplos para se olhar e apreciar, mas não são modelos a ser perseguidos", afirmou.O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que havia discursado antes de Geraldo Melo e citado a Índia como exemplo em projetos de irrigação agrícola, disse que a menção àquele país era em relação ao grande número de empregos criados com um sistema eficiente, mas sem sofisticação tecnológica. "Poderíamos fazer uma irrigação de país pobre, porque os sistemas modernos utilizados hoje expulsam o trabalhador do campo", explicou.Geraldo Melo defendeu ainda a procura da solução correta para cada situação e disse que o grande problema é saber de onde tirar os recursos para financiar o crescimento econômico. O senador explicou que o processo de conquista da estabilidade promovido pelo governo Fernando Henrique é lento e penoso até que se possa adquirir reservas suficientes para dar o impulso necessário à retomada do desenvolvimento. "O Brasil pagou um enorme preço para conquistar a estabilidade, mas precisa consolidar-se e nos garantir que o sofrimento de todos não foi em vão", acrescentou.
06/09/1999
Agência Senado
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