Geraldo Melo diz que Brasil deu lição de competência



O Brasil deu uma lição de competência administrativa e de capacidade de resposta social diante de graves crises. Essa é a constatação do senador Geraldo Melo (PSDB-RN), ao analisar o desenrolar da crise de energia elétrica vivida pelo país. Em entrevista concedida à Rádio Senado nesta quarta-feira (16), o senador disse que, com a volta das chuvas e a recuperação dos níveis de água dos reservatórios, ficou provado que a crise no setor não foi de fato provocada por falha do governo, mas sim por falta de chuvas. "Tanto é assim que, bastou chover para o problema começar a ser resolvido", observou.

Geraldo Melo disse que a reação da sociedade brasileira diante da crise de energia mostrou extrema cooperação, incomum em outros países do mundo. Ironizando, ele disse que, nos Estados Unidos, geralmente apontado como "o paraíso terrestre", a população da região Oeste, embora atravessando o mesmo problema de escassez de energia elétrica, não respondeu como a brasileira.

- Lá, a população deu de ombros, dizendo que pagava em dia seus impostos e que caberia ao governo encontrar solução para o problema. Ao contrário, a sociedade brasileira trocou lâmpadas, desativou eletrodomésticos e fez tudo o que pôde para reduzir o seu consumo de energia e conseguiu, assim, evitar o apagão - disse o senador.

A atitude da sociedade brasileira, ao tempo em que o governo montava uma estratégia para superar a crise, com metas para o setor energético, deu uma excelente sinalização para o resto do mundo. Por causa disso, e de como o país vem enfrentando a crise de energia, o senador informou que vários investidores do setor foram atraídos para cá.

Geraldo Melo entende que, numa análise da crise de energia vivida pelo Brasil, é possível concluir que os brasileiros são severos demais no julgamento de si mesmos e deixam, muitas vezes, de reconhecer virtudes da população e o bom desempenho dos seus técnicos e autoridades.

O senador ressaltou ainda que os investimentos históricos feitos pelo Brasil na produção de energia hidrelétrica não foram um erro. Ao longo de sucessivos governos, o país escolheu a opção mais barata e mais limpa, que é a energia hidrelétrica. A partir de agora, contudo, ele diz que deve haver uma diversificação maior na produção de energia elétrica, conforme já está previsto nos planos de instalação de novas usinas termelétricas em diferentes regiões do país. Além disso, ele acredita ser preciso investir mais na interligação da redes de energia e na melhoria do sistema de distribuição.



16/01/2002

Agência Senado


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