Gestores discutem política pública voltada para a região semiárida



O debate a respeito da criação de uma Política Nacional de Convivência com o Semiárido aconteceu em um seminário de dois dias durante o Semiáridoshow 2013, um debate que foi para as ruas no último Encontro Nacional da Articulação do Semiárido Brasileiro (EnconASA), em 2012, e já vem sendo discutido também no âmbito dos governos.

No segundo dia do seminário "Ações de enfrentamento aos efeitos da seca e as Políticas de Convivência com o Semiárido", começou com a palestra “A seca como fenômeno recorrente: Semiárido pós-seca”, antecedendo o painel sobre “Políticas de Convivência com o Semiárido”. Estiverem presentes representantes de órgãos dos governos municipais, estaduais, das Organizações Não Governamentais, estudantes e a sociedade civil, especialmente agricultores/as familiares das Caravanas que visitaram a Feira.

Roberto Marinho Alves da Silva, Secretário Adjunto da Secretaria Nacional de Economia Solidária TEM, deu início ao seminário com a palestra, parabenizando a Embrapa e Irpaa, pela iniciativa de discutir a política pública para Convivência com o Semiárido. Durante sua palestra, pontuou que a população do Semiárido tem tido uma maior capacidade de resistência aos impactos da estiagem prolongada e considera que um dos fatores responsáveis para isso é a mobilização e o controle social.

O Segundo painel foi composto por Elisângela dos Santos Araújo, representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar - FETRAF, Geraldo Machado, Superintendente SENAR/BA – FAEB, José Carlos Morais, representante da Articulação do Semiárido Brasil - ASA Brasil e Jerônimo Rodrigues Souza, assessoria especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). De acordo com José Carlos, está sendo pintado outro quadro do Semiárido brasileiro, a partir da ruptura do “combate à seca” para a construção das alternativas de Convivência com o Semiárido, porém ele ressalta que para “além do que vai ser feito é preciso ter cuidado de como vai ser feito”, no debate da política pública.

Durante o debate um dos coordenadores do evento, Ademilson da Rocha (Tiziu), do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), reafirma a necessidade de lutar pelas questões fundiárias. Em relação ao acesso à terra, Elisângela Araújo chama atenção para o crescimento da compra de terras brasileiras por empresas estrangeiras, sendo uma ameaça para as/os pequenos/as produtores/as.

Para Jerônimo Rodrigues, o SemiáridoShow tem proporcionado uma troca de conhecimentos entre os representantes do governo, agricultores, organizações civil, ajudando a circular informações que vem contribuir na construção da política pública voltada para a região semiárida. Ele ainda comenta sobre a parceria entre a Embrapa e o Irpaa, ressaltando que o “Irpaa traz para dentro do governo uma contribuição valiosa de tecnologia social”, afirmou.

Para encerrar o evento, que reuniu diversas representações de estados do Semiárido, o Programa Brasil Sem Miséria esteve em pauta, assim como o debate a respeito das desafios e perspectivas da transferência de tecnologia. As palestras e os painéis foram finalizados com os encaminhamentos e sugestões que vão contribuir na criação da Política Nacional de Convivência com o Semiárido, as quais foram relatadas pela organização do evento. 

Fonte:
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária



04/11/2013 17:05


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