GILBERTO MIRANDA APONTA DISCRIMINAÇÃO CONTRA AMAZÔNIA



O senador Gilberto Miranda (PFL-AM) pediu às autoridades federais que abreviem o caminho para o crescimento econômico da Amazônia. De acordo com o senador, o Norte é a região que mais cresce no Brasil e, por isso, "merece uma atenção especial", mas vem sofrendo discriminação de sucessivos governos.

- A Amazônia tem respondido de forma altamente positiva às aplicações de recursos, o que prova a pujança de sua economia, a determinação de sua classe empresarial e a capacidade produtiva do seu povo. Ao apelar ao governo para que acredite na região, quero dizer que a pobreza, o narcotráfico, a devastação ambiental e o garimpo predatório farão parte do passado - disse.

Gilberto Miranda salientou que apesar dos resultados positivos na Amazônia, vários governantes acabam discriminando a região em favor das mais desenvolvidas, alegando escassez de recursos. O senador citou como exemplo a execução orçamentária dos últimos anos. Em 1995, a região foi contemplada, noOrçamento fiscal e de seguridade, com R$3,17 bilhões, mas a média dos recursos liberados ficou em 64,12%. No ano passado, o total de recursos destinados à região cresceu para R$ 3,76 bilhões, mas a média das verbas executadas ficou no nível de 63,42%.

- Apenas surpreende que a nação brasileira, que mostra tanto empenho em defender a Amazônia e em promover a população local, não dê à região, na prática, qualquer tratamento privilegiado. Pelo contrário, discrimina-a na repartição de recursos que visem ao desenvolvimento social - afirmou.

Gilberto Miranda enfatizou que se calcula estar na Amazônia um terço de toda a biodiversidade do planeta, com centenas de espécies de anfíbios, répteis e mamíferos, milhares de espécies de pássaros e peixes, e milhões de espécies de invertebrados. A região também conta com centenas de espécies de árvores de grande valor e suas riquezas minerais não foram ainda minimamente inventariadas, segundo o senador.



02/02/1998

Agência Senado


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