GILBERTO MIRANDA SE DESPEDE DIZENDO QUE SEMPRE BUSCOU A VERDADE
"Busquei a verdade, sob todos os aspectos. Nem sempre a consegui. E, como lembra o preceito bíblico, a verdade liberta". A afirmação é do senador Gilberto Miranda (PFL-AM), ao despedir-se, nesta quarta-feira (dia 20), do Senado. Ele destacou que deixa a Casa com o sentimento do dever cumprido e sentindo-se livre. "Livre e consciente de ter sido protagonista de um momento único e decisivo da história brasileira", afirmou.O parlamentar se disse leve por ter procurado, sempre, estar a favor do Amazonas e lutado pelo bem do país. "Tentei fazer de meu mandato o instrumento privilegiado para a defesa do Amazonas e da Amazônia, na certeza de que, assim fazendo, estaria contribuindo para o desenvolvimento do Brasil", declarou ele, depois de lembrar que, em 1993, assumiu pela segunda vez o mandato de senador, como suplente de Gilberto Mestrinho.- Especialmente para quem, como eu, não construiu uma trajetória de vida tendo na atividade política seu caminho natural, a possibilidade de chegar, pela segunda vez, ao Senado, participando de maneira muito direta de um momento muito especial da história do nosso país, é motivo do meu mais profundo orgulho.Gilberto Miranda observou que o Senado é uma Casa onde se aprende muito mais do que se ensina, principalmente com o presidente. "Aqui, ampliamos a compreensão do que verdadeiramente seja o Brasil. Aqui, aprendemos a respeitar as diferenças que tão bem ilustram a identidade nacional, entendendo, mais do que nunca, o sentido da expressão unidade na diversidade". Ele se disse grato ao Senado pelo denso aprendizado aqui obtido e testemunhou que essa Casa dá lições de cidadania, pluralismo e tolerância. "Ter sido um de seus integrantes me fez mais brasileiro, mais tolerante, mais pluralista, enfim, um cidadão mais consciente." Gilberto Miranda afirmou ter a certeza de não se haver omitido em relação às questões que afetam o cotidiano da população brasileira e acrescentou: "Tentei representar o Amazonas com dignidade e proficiência".
20/01/1999
Agência Senado
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