Gilvam Borges critica decisão da CCJ sobre o caso Renan



Em pronunciamento nesta quinta-feira (6), em Plenário, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) classificou como "complemento do massacre" a reunião realizada na última quarta-feira (5) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), como relator, não apontou inconstitucionalidade no projeto de resolução do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que recomenda a perda do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

O projeto do Conselho de Ética foi elaborado com base no relatório dos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS). A votação sobre a perda do mandato do presidente do Senado será realizada na quarta-feira (14), em Plenário, por meio de votação secreta.

Gilvam Borges disse que preferiu não se manifestar na reunião da CCJ, explicando que durante a votação do projeto, relatado por Tasso, teve a oportunidade de fazer uma análise de acontecimentos políticos dos últimos anos.

- Ali eu fiz a retrospectiva desses últimos dez anos, as agruras, osofrimento de Renan e principalmente sua altivez e sua capacidade de enfrentar esta crise, quando muitos apostavam que ele não resistiria a um mês de artilharia pesada. Em todos os jornais, televisões, rádios, na tribuna da Câmara, do Senado, em todas as instituições, Renan se agigantou, mesmo sendo erguido na cruz para crucificação. Se agigantou pelo desejo de provar sua inocência, com o idealismo e a convicção de que nada devia -afirmou.

O senador lembrou que muitos parlamentares foram condenados no Legislativo mas reuniram condições para o retorno à vida política, a exemplo do atual deputado Ibsen Pinheiro - cassado em maio de 1994 a partir das conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou irregularidades no Orçamento da União; do ex-senador e atual governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, além do ex-presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, que foram reeleitos após envolvimento de ambos no episódio de violação do painel de votações do Plenário da Casa. Arruda desempenho mandato de deputado federal antes de se eleger governador, enquanto ACM retornou ao Senado.



06/09/2007

Agência Senado


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