Gilvam Borges pede desculpas aos depoentes da CPI do Futebol



O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) pediu desculpas, nesta quinta-feira (6), às pessoas que prestaram depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol. Gilvam disse que foram cometidos exageros contra todos os depoentes, que foram interrogadas de forma "grosseira, brutal e tendenciosa". Alguns dirigentes, lembrou, "chegaram às lágrimas, sabendo que sua defesa não seria aceita".

- Se essas pessoas têm o que pagar, irão pagar, mas o principal aliado delas é a Justiça, onde terão direito de defesa. Lerei em Plenário as conclusões do Ministério Público (MP), e a imprensa tem o dever de divulgar essas conclusões - disse o senador.

Gilvam Borges apresentou um voto em separado para ser anexado ao relatório do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), aprovado unanimemente nesta quinta-feira. O senador disse ter acolhido o relatório de Althoff no que se refere ao bingo, à sonegação fiscal, a infrações tributárias, evasão de divisas e legislação. Mas rejeita-o no que toca aos clubes do eixo Rio-São Paulo, por ter excluído da investigação agremiações de outras regiões.

- É surpreendente como pouparam os clubes sulistas. Solicito ao presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PDT-PR), e ao relator, Geraldo Althoff, que justifiquem tal atitude - afirmou.

Gilvam Borges lamentou a "irrelevância" dada pela CPI aos contratos milionários firmados entre as emissoras de televisão e os clubes, afirmando que grandes conglomerados econômicos foram poupados.

- Os conglomerados econômicos não foram investigados e têm muito a ganhar com isso - afirmou.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ter considerado sério o trabalho do presidente e do relator da CPI. Ele disse que "talvez tenham ocorrido imperfeições", mas observou que foram reunidos elementos para o Ministério Público analisar e encaminhar para a Justiça. Suplicy destacou a importância de opiniões divergentes no Parlamento.

06/12/2001

Agência Senado


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