Gilvam Borges pede que José Serra renuncie



O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) apelou nesta terça-feira (7) ao presidente Fernando Henrique Cardoso para que retire da corrida sucessória a candidatura do senador José Serra (PSDB-SP). Ele disse fazer o apelo em seu nome e no de grande parte dos seus colegas do PMDB. Ele ainda chamou José Serra de "o príncipe da antipatia nacional" e disse que partiu do candidato a estratégia que tirou Roseana Sarney do páreo sucessório.

Mal Gilvam Borges terminou de falar, o líder do PSDB, senador Geraldo Melo (RN), pediu à Mesa que o informasse se o orador se manifestava em nome da liderança do seu partido. Geraldo Melo estranhou o discurso feito em nome de companheiros do PMDB, exatamente o partido que está concluindo a discussão de uma aliança com o PSDB para apoiar a candidatura de José Serra e indicar o vice dessa chapa.

Gilvam Borges começou seu discurso dizendo que Roseana Sarney renunciou à candidatura sob o peso de "uma estratégia muito bem elaborada pelo comando de inteligência de que todo o país tem conhecimento". Disse que o candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, também não está livre de ser envolvido num escândalo, e observou que, se os candidatos à sucessão presidencial estão enfrentado essa guerra de denúncias, não é difícil imaginar o que vai acontecer nas eleições estaduais.

A denúncia que a última edição da revista Veja trouxe contra o empresário Ricardo Sérgio de Oliveira, que arrecadou recursos para as campanhas de José Serra, foi definida por Gilvam Borges como a comprovação da Lei de Talião, segundo a qual quem com ferro fere com ferro será ferido.

- Aqueles que se utilizam dos instrumentos da difamação e da maldade para tentar derrotar seus adversários têm que pagar por isso - acrescentou.

Ao pedir que o presidente da República retire a candidatura Serra, Gilvam Borges afirmou que a matéria da Veja é apenas "a ponta do iceberg". Em sua opinião, o candidato tucano fez muitos adversários e é hora de Fernando Henrique reavaliar o quadro e buscar uma alternativa capaz de reaglutinar as forças políticas.

- Deus nos guarde dessa nova onda inaugurada por José Serra, que utiliza a máquina do governo para massacrar desafetos - disse ainda o senador.



07/05/2002

Agência Senado


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