GILVAM BORGES PEDE DIÁLOGO PARA SANAR CRISE DA MORATÓRIA MINEIRA
"Vamos conversar para evitar o pior", pediu nesta terça-feira (12) o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), ao sustentar que, na crise resultante da moratória decretada pelo governador de Minas Gerais, Itamar Franco, prevalecerá o entendimento. "Homem experiente, ele fará uma opção clara, cristalina, pelo diálogo e pela negociação. Assim agindo, ganhará Minas Gerais e ganhará muito mais o Brasil", preconizou o parlamentar.Em sua análise, Gilvam Borges afirmou que, num mundo globalizado, onde cada tostão dos investidores é ardentemente disputado pelos estados, não há mais lugar para afirmações despropositadas e fora de contexto. Mas disse acreditar que o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador Itamar Franco conseguirão resolver, com sabedoria, o eventual desequilíbrio financeiro de Minas Gerais. O senador lembrou que "o confronto, como regra, exclui um dos confrontantes" e censurou os que atribuíram à moratória de Itamar Franco desequilíbrio no mercado financeiro mundial. "Condenamos veementemente aqueles que, por desinformação ou ironia, vincularam a suspensão dos pagamentos de Minas Gerais à queda da bolsa de valores de Nova Iorque e, ainda, os que viram alguma relação entre o fato ocorrido no Brasil e a queda do dólar norte-americano frente ao iene".Gilvam Borges considerou impossível que a simples declaração de um governador brasileiro seja capaz de alterar o curso dos negócios em Wall Street ou abalar o valor da moeda americana. Mas reconheceu que a suspensão dos pagamentos da dívida de Minas Gerais por 90 dias atingiu em cheio a cotação dos títulos brasileiros no exterior, arranhando a credibilidade do país junto à comunidade financeira internacional.- No plano internacional, as declarações do governador Itamar Franco foram igualmente indesejáveis para o Brasil - avaliou ele. Em aparte, o senador Lauro Campos (PT-DF) condenou o declínio de indicadores sociais brasileiros, como os baixos recursos para a educação e a elevação do desemprego, para indagar: "Por que será que essa dívida fantástica pesa tanto sobre os brasileiros?".
12/01/1999
Agência Senado
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