Gilvam culpa ministro da Saúde pelo sucateamento dos hospitais
Como exemplo, Gilvam Borges citou o setor da hemodiálise, que se encontra em situação dramática, segundo a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante. Ele garantiu que a maioria das unidades hospitalares, como o Hospital de Base, em Brasília, não está tendo condições de atender a demanda em virtude da falta de máquinas.
O problema da hemodiálise, conforme afirma Gilvam Borges, não é exclusividade do setor público. Ele atinge também clínicas particulares, as quais, explicou o senador, estão endividadas em virtude da recusa do governo em conceder reajuste real para a tabela de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Enquanto o valor pago pelo SUS equivale a cerca de US$ 37, a média paga por países latino-americanos é de US$ 145, informou.
Os pacientes são os maiores prejudicados pela empobrecimento das clínicas de hemodiálise, ressaltou Gilvam Borges. Ele informou, citando dados da Associação Brasileira dos Centros de Diálise, que 47 mil pacientes renais crônicos são atendidos regularmente pelos centros, mas a estimativa é de que cerca de 115 mil brasileiros tenham doença renal e necessitem de tratamento, ou seja, 68 mil pessoas não têm acesso ao tratamento. Gilvam Borges pediu ao governo a correção urgente do valor desses serviços na tabela do SUS.
06/09/2001
Agência Senado
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