GILVAN DEFENDE ASSEMBLÉIA DO AMAPÁ E ACUSA CAPIBERIBE



O senador Gilvan Borges (PMDB-AP) afirmou nesta quarta-feira (dia 18) que as denúncias de narcotráfico na Assembléia Legislativa do Amapá não passam de uma cortina de fumaça para desviar a atenção da corrupção no governo do estado. A assembléia aprovou o afastamento do governador João Alberto Capiberibe por 180 dias para investigar denúncias de irregularidades. Gilvan disse que não existe narcotráfico no Amapá, citando parecer de uma procuradora da República que realizou investigação no estado em conjunto com órgãos de inteligência.

Ao lado de duas pilhas de documentos, Gilvan acusou o governador do Amapá de incompetência e desvio de dinheiro público, e listou uma série de irregularidades que teria cometido, entre elas a não pavimentação da BR 156, mesmo tendo recursos no orçamento federal por quatro anos seguidos.

Gilvan Borges também criticou os senadores Ademir Andrade (PSB-AP) e Tião Viana (PT-AC) por defenderem o governador sem conhecerem a realidade local. Ele convidou Ademir e Viana para irem ao Amapá e verificarem as acusações.

Em aparte, Ademir Andrade perguntou a Gilvan se ele abriria mão da imunidade parlamentar para ser processado judicialmente pelas acusações feitas e explicou que o dinheiro destinado à pavimentação da BR 156 pertence ao Ministério dos Transportes e não ao governo estadual.

O senador Tião Viana (PT-AC) explicou que apenas fez uso de um direito democrático quando defendeu a honra de Capiberibe durante o pronunciamento de Ademir Andrade. Viana disse que conhece Capiberibe desde o tempo em que ele atuava como engenheiro agrônomo e que o seu irmão, Jorge Viana, governador do Acre, trabalhou como assessor especial no governo do Amapá porque as "forças corruptas" do Acre impediram que ele trabalhasse no estado.

O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) disse que não se pode usar como argumento possíveis desvios de caráter de parlamentares para tentar desqualificar o julgamento da Assembléia Legislativa do Amapá.

18/10/2000

Agência Senado


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