Gleisi está otimista com anúncio de Tombini sobre controle da inflação e crescimento
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) manifestou em Plenário otimismo com as informações sobre políticas macroeconômicas fornecidas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (22). Na avaliação da senadora, Tombini apontou "ótimas perspectivas" de crescimento da economia brasileira no médio e no longo prazo.
-Há um cenário positivo, que deve levar ao aumento do emprego e da renda no país. A política monetária ajuda a reduzir o prêmio de risco, a distribuir renda e a reduzir a dívida pública, além de trazer ganhos para o setor privado, que tem mais acesso ao mercado de crédito, com um custo mais reduzido- elencou a senadora os ganhos citados por Tombini.
Ela registrou que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2011 é de 4,5%., conforme o presidente do BC.
Gleisi Hoffmann explicou que a política monetária calçada no tripé câmbio flutuante, regime de metas de inflação e uma trajetória consistente da taxa de juros seria a responsável pela consolidação da economia, com um cenário econômico promissor.
- Segundo o presidente do Banco Central, o setor de varejo é o que melhor expressa a situação da economia. Ele destacou ainda que o mercado de trabalho tem sinalizado a retomada da economia, o que se reflete na capacidade de compra do trabalhador- exemplificou.
Tombini também comemorou o reaquecimento da indústria brasileira, lembrou a senadora, porém apontou o desequilíbrio entre oferta e demanda.
Centro da meta
Outro ponto da exposição de Tombini na CAE salientado por Gleisi foi a tendência de a inflação convergir para o centro da meta estabelecida pelo BC de 4,5%. Embora o presidente do BC admita que a inflação dos últimos 12 meses deva permanecer em patamares elevados devido à alta no último trimestre de 2,23%, já se observa uma tendência à estabilização e à convergência para os 4,5%.
Ao final de seu discurso, a senadora mencionou que, para Tombini, o crescimento da renda entre 2001 e 2002 era "monótono", mas a partir de 2002, teria se tornado consistente.
- A política econômica conduzida pelo presidente Lula quebrou o mercado nessa tese, ou seja, distribuiu renda, cresceu a economia e quando todos achavam que nós iríamos quebrar na crise internacional o Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair, dando mostras da vitalidade de sua economia - ao rejeitar a tese de crescer primeiro para depois distribuir o bolo - afirmou.
Para fundamentar seu argumento de que o governo Lula conduziu adequadamente a política fiscal, a senadora citou dados sobre redução de gastos em relação ao PIB, comparando os anos de 2002 e 2010. Redução de 0,26% em gastos com pessoal e encargos pessoais; redução de 0,05% em despesas de custeio; porém aumento de quase 2% na transferência de renda no período e, no custeio nas áreas de educação e saúde, de 0,63%.
22/03/2011
Agência Senado
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