Gleisi Hoffmann: ajuste fiscal de Dilma não é estelionato eleitoral




A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao defender nesta sexta-feira (11) o ajuste fiscal anunciado pela presidente Dilma Rousseff, discordou do pronunciamento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), feito um pouco antes em Plenário, e da visão do seu partido de que as medidas representam "estelionato eleitoral".

Para a senadora, as medidas de reequilíbrio fiscal, ao contrário do que pensa a oposição, demonstram responsabilidade da presidente com o desenvolvimento do país.

Ela disse que os brasileiros votaram em Dilma pelos resultados da gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Entre as ações do governo anterior, ela destacou o valor do salário mínimo, que ela considera "digno do trabalhador"; os índices de emprego; a distribuição de renda; e a inclusão social que, segundo observou, retirou da pobreza mais de 30 milhões de pessoas.

- Não dá pra aceitar que alguém do PSDB venha aqui questionar os rumos do desenvolvimento econômico e dizer que nós fizemos estelionato eleitoral - protestou a senadora.

No governo Lula, argumentou Gleisi Hoffmann, houve expansão da economia brasileira, com investimentos estatais de grande volume, apesar da crise econômica internacional. Na avaliação da senadora, o Brasil não foi afetado fortemente pela crise em razão de o governo ter tomado medidas "expansionistas", como redução de juros e aumento de crédito, além de ter continuado a investir em infraestrutura.

Na avaliação da senadora, o momento atual é de "contra-ciclo", ou seja, como as medidas adotadas para o crescimento do país levaram ao superaquecimento da economia e provocaram aumento inflacionário, a situação exige ações que reequilibrem o mercado e a economia.

- Um governo, responsável com o crescimento e o desenvolvimento do país, não podia ficar olhando, tem de ter medidas firmes. E a presidente Dilma, com a sua equipe econômica, apresentou ao país um conjunto de medidas firmes, de medidas direcionadas, de medidas que, eu tenho certeza, vão fazer efeito - afirmou Gleisi Hoffmann.



11/02/2011

Agência Senado


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