Governador de Alagoas diz que Lyra é pessoa inidônea para prestar informações ao Senado



Em depoimento nesta terça-feira (13) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, afirmou que o usineiro João Lyra é um homem "movido pelo ódio" contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros e, portanto, "é uma pessoa inidônea para avalizar qualquer matéria a ser apreciada pelo Senado".

-É um homem sem escrúpulos e sem limites para tudo - afirmou o governador, à respeito de Lyra.

Teotonio foi convidado a prestar esclarecimentos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pelo senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo que investiga se o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria comprado e administrado, em parceria com o usineiro João Lyra, mas por meio de laranjas - e, portanto, sem declarar à Receita Federal -, duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas, pertencentes ao Grupo O Jornal. Renannega a existência da sociedade secreta, mas Lyra a confirmou em depoimento ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), e também por meio de um memorial enviado a Jefferson Péres.

Em entrevista à imprensa logo após os esclarecimentos prestados em caráter reservado no gabinete do presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Teotonio disse que, em seu depoimento, limitou-se a descrever o bom trabalho prestado por Renan ao estado de Alagoas ao longo de sua vida política e também o empenho do senador alagoano para conseguir que sejam realizadas obras em todos os municípios do estado.

- Estou trazendo um depoimento de quem conhece o trabalho de Renan em Alagoas - afirmou Teotonio, convidado pelo relator a prestar depoimento, por sugestão do próprio Renan.

Ao ser questionado sobre a existência de uma sociedade secreta entre Renan e Lyra para a aquisição de empresas de comunicação, Teotonio afirmou que tomou conhecimento do assunto pela imprensa e pelo Conselho de Ética, pois jamais antes ouvira falar sobre o assunto.

- O que existe hoje é no plano da fofoca - concluiu o governador.

13/11/2007

Agência Senado


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