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– Vamos continuar trabalhando com a ideia de não haver CPI. Estamos discutindo qual a melhor estratégia. Hoje vai ter coisa nova, vamos definir ainda hoje – disse o senador.

Para ele, a CPI proposta no Senado tem objeto de investigação muito amplo, o que é questionado pelos governistas.

– A CPI que está sendo proposta já é muito ampla. O que está se propondo ali não é a investigação de um fato determinado, mas é uma verdadeira devassa na Petrobras. São vários assuntos que não guardam relação entre si. Se for esse o entendimento da Mesa do Senado, nós também vamos entender que pode ser ampliado – afirmou Humberto Costa.

O governo não descarta pedir a inclusão de outros assuntos, como denúncias de irregularidades envolvendo os governos de São Paulo e de Pernambuco, o que poderia atingir os candidatos do PSDB e do PSB à Presidência.

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), no entanto, a ideia é descabida.

– Não há nenhum receio de nossa parte. Isso é improcedente, seria arrombar as portas da Constituição. É descabida a proposta de apensar matéria desconexa, não temos nenhum receio disso. Se o governo insistisse com essa tese iríamos ao STF. Temos 29 assinaturas tanto na CPI do Senado quanto na CPI mista – disse Alvaro.

De acordo com o senador tucano, a oposição está dando preferência para a criação de uma CPI Mista, o que depende apenas de os deputados finalizarem a coleta das assinaturas naquela Casa.

Mesmo assim, afirmou Alvaro Dias, a oposição quer a leitura do requerimento da CPI apenas no Senado o mais rapidamente possível, o que pode acontecer ainda na sessão deliberativa desta terça (1º). O pedido de uma CPI mista só seria lida na próxima sessão do Congresso, agendada para 15 de abril.

– Respeitamos o desejo dos deputados. Eles podem contribuir muito. Mas, se não for possível a mista, será apenas no Senado – afirmou.

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