Governo amplia oportunidades de estudo para jovens brasileiros



No programa semanal Café com a Presidenta desta segunda-feira (13), Dilma Rousseff falou sobre Exame Nacional do Ensino Médio  (Enem) e afirmou que a iniciativa garante acesso à educação superior de forma democrática, transparente e pelo mérito do estudante. A nota do Enem vale, por exemplo, como critério de seleção para o Sisu, que está oferecendo 171.400 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições de ensino de todo o País.

O resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) será divulgado nesta segunda (13), quando também começam as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Confira o programa na íntegra:

Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Max Gonçalves e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Max! E bom dia para você que nos acompanha hoje aqui no Café!

Apresentador: Presidenta, hoje eu queria falar sobre o acesso dos jovens ao ensino superior. Na semana passada, tivemos as inscrições para o Sisu, o Sistema de Seleção Unificada, que oferece vagas nas universidades públicas e nos institutos federais de educação. Jovens de todo o País estão de olho no resultado do Sisu, não é, presidenta?

Presidenta: É verdade, Max, o resultado sai hoje. Eu tenho certeza que todos os jovens que fizeram a inscrição no Sisu estão muito ansiosos, porque esse é um grande momento na vida de cada um deles. Imagina, Max, que mais de 2,5 milhões de estudantes de todo o Brasil estão tentando uma vaga nas 115 universidades públicas e institutos federais, e nos estaduais de educação pelo Sisu.

No ano passado, foram 1,9 milhão de inscritos, veja bem, Max, é um recorde. Neste ano, batemos também o recorde no número de vagas oferecidas. São 171.400 vagas em 4.723 cursos de graduação. São muitas opções para os jovens que têm o sonho de entrar para a universidade, ter uma profissão e um bom emprego para crescer e progredir na vida. Para você ter uma ideia, Max, para um jovem ter todas as opções que o Sisu oferece, ele teria de fazer 115 vestibulares.

Ou seja, quando o aluno se inscreve no Sisu, que é uma seleção única, é como se ele estivesse concorrendo em 115 vestibulares diferentes só que simultaneamente, ao mesmo tempo, Max, sem sair da sua casa ou sem sair do seu emprego, enfim, na frente do seu computador. Além disso, Max, no Sisu, o estudante ainda tem duas grandes vantagens: ele pode escolher até dois cursos entre os 4.723 cursos diferentes oferecidos e em universidades diferentes.

Além dessa vantagem, o estudante ainda pode alterar as suas escolhas até o fim das inscrições. Com isso, ele vai mudando a inscrição de acordo com a nota mínima exigida pela universidade e, por isso, tem mais chances de garantir a sua vaga. Isso só é possível, Max, porque, no Sisu, a seleção é feita com base na nota que o estudante tirou no Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, que é oferecido em todo o Brasil.

Assim, o Enem garante o acesso à educação superior de forma democrática, transparente e pelo mérito do estudante, independentemente da renda da família. O que conta é o esforço do estudante. Com isso, estamos dando oportunidade de fazer um curso superior a muita gente que nunca teve essa chance.

Apresentador: O número de vagas oferecidas pelo Sisu tem aumentando, não é, presidenta?

Presidenta: É verdade, Max, o Sisu não para de crescer e de ampliar as oportunidades de estudo para os nossos jovens. Para você ter uma ideia, nesse ano de 2014, o Sisu está oferecendo 42 mil vagas a mais do que no de 2013, no ano passado, e são também quase mil cursos, Max, a mais do que foram oferecidos em 2013.

Apresentador: Como a expansão da Rede Federal de Ensino Superior está ajudando a ampliação das vagas, presidenta?

Presidenta: Olha, Max, a expansão da Rede Federal de Ensino Superior, ela permite que haja uma grande ampliação na oferta de oportunidades de estudo em todo o Brasil, nas capitais, mas, sobretudo, no interior do Brasil. O Sisu permite que os jovens que vivem fora das grandes cidades, no interior do nosso imenso País, acessem qualquer das universidades e cursos de todo o Brasil. Os jovens que vivem nas cidades maiores também tiveram suas oportunidades ampliadas. Veja só, Max, em 2010, as vagas do Sisu eram oferecidas em apenas 180 municípios, agora temos 453 municípios de todo o País com campus e universidades públicas e de institutos federais participando do Sisu.

Apresentador: Com todos esses recordes, muitos cursos ampliaram a oferta de vagas, não é, presidenta?

Presidenta: É verdade, Max. Veja você que os candidatos aos cursos de Engenharia, por exemplo, tiveram 25 mil vagas à disposição, que é 36% a mais do que eles tinham tido em 2013. Para os cursos de Licenciatura, que formam novos professores, foram mais de 45 mil vagas, ou seja, um aumento de 25%. Outra coisa importante, Max, quem tem o sonho de estudar Medicina teve mais chances agora em 2014, sabe por que, Max?

Apresentador: Por que, presidenta?

Presidenta: Porque o Sisu, Max, está oferecendo 60% de vagas a mais nos cursos de Medicina, as vagas passaram de 1.830 no ano passado para 2.925 neste ano. Isso é muito bom não só para os estudantes que realizam o sonho de estudar Medicina, mas também para o País, porque significa mais oportunidades para a formação de médicos brasileiros. Temos bons exemplos, Max. Um dos nossos futuros médicos é o Daniel Borges Leal, ele tem 20 anos, entrou para estudar Medicina em 2013 pelo Sisu. O Daniel conseguiu uma vaga na Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, Pernambuco. O Sisu permitiu, sem pagar mais taxas e viajar, que o Daniel pudesse ter acesso a um outro curso de medicina e está no caminho de realizar o sonho de ser cardiologista.

Apresentador: Muito bom, presidenta! Agora, conta para a gente, a Lei de Cotas também vale para o Sisu?

Presidenta: Vale sim, Max. Por essa lei, em 2014, as universidades federais e os institutos federais de educação estão reservando, pelo menos, 25% das vagas de todos os cursos para os estudantes das escolas públicas. Do total das vagas reservadas, uma parte será destinada aos estudantes das escolas públicas com renda de até um salário mínimo e meio por pessoa, e para negros e indígenas. E temos uma notícia muito boa: as instituições federais foram além e as vagas reservadas para as cotas já estão em 37% de todas as vagas oferecidas pelo Sisu. Se você somar isso, Max, às ações afirmativas das próprias universidades, as vagas reservadas para as cotas chegam a 43% das vagas do Sisu. Isso mostra como o Brasil está empenhado em avançar para saldar uma dívida histórica e oferecer oportunidades a todos os brasileiros.

Apresentador: Presidenta, e os jovens que não conseguirem a vaga pelo Sisu? Eles têm outras chances de fazer um curso superior?

Presidenta: Tem sim, Max. Nós temos, hoje, muitas portas de entrada para facilitar o acesso dos brasileiros ao ensino superior. O ProUni, o Programa Universidade para Todos, concede bolsas integrais ou parciais ao estudante que não pode pagar as mensalidades de uma faculdade particular, desde que o estudante obtenha boa classificação no Enem. A bolsa do ProUni foi a porta escolhida por mais de 1,2 milhão de jovens nos últimos anos para fazer um curso superior em uma universidade particular. Temos um aviso importante, Max, a dar a todos os estudantes que nos acompanham hoje aqui no Café e às suas famílias: as inscrições para as bolsas do ProUni de 2014 começam hoje, Max.

Apresentador: Hoje, presidenta?

Presidenta: Sim, Max, justamente hoje. Veja só, nós vamos oferecer, Max, 190 mil vagas para estudantes que não têm condições de pagar a mensalidade de uma universidade particular. Então, quem não conseguir uma vaga no Sisu já pode se inscrever no ProUni. O sonho não pode parar, Max. Todo aluno que estudou em escola pública e tem renda mensal de até três salários mínimos por pessoa da família pode se candidatar a uma bolsa do ProUni. As inscrições vão até sexta-feira, 17 de janeiro. A dedicação do estudante, Max, também conta, viu, pois, ele precisa ter tirado uma boa nota no Enem.

Apresentador: Além do ProUni, tem também o Fies, outra porta que o governo oferece para o jovem que não pode pagar para fazer uma faculdade, não é, presidenta?

Presidenta: Muito bem lembrado, Max. Mais de 1,1 milhão de estudantes seguiram esse outro caminho e assinaram o contrato do Fies no meu governo. Porque o Fies é o Fundo de Financiamento Estudantil, o aluno pode financiar, em ótimas condições, as mensalidades do curso superior em uma universidade particular. A taxa de juros é de apenas 3,4% ao ano. O estudante, Max, só começa a pagar o Fies, veja bem, 18 meses depois de concluir o curso. Isso significa que ele tem uma folga de um ano e meio para conseguir se colocar no mercado, começar a trabalhar e ter uma renda para pagar o seu financiamento.

As prestações vão ser mais baixas do que a mensalidade da universidade, sabe por que, Max? Porque o prazo de pagamento do Fies é de três vezes o tempo do curso mais um ano. Como o juro é baixinho e o parcelamento é longo, a prestação fica confortável. Tem mais uma coisa, Max. Quem estudou para ser médico ou professor com o apoio do Fies, tem a opção de pagar as prestações com o próprio trabalho. Funciona assim: se o estudante recém-formado escolher trabalhar no serviço público, cada mês de trabalho reduz 1% do saldo devedor. Durante o período em que ele estiver trabalhando no serviço público, o professor ou o médico fica desobrigado do pagamento das prestações do Fies. E é preciso lembrar sempre, Max, que, para contratar o Fies, o estudante também precisa ter feito o Enem.

Apresentador: O Enem vale para tudo, não é, presidenta?

Presidenta: É sim, Max, o Enem é um exame importantíssimo e muito justo, porque é oferecido a todos os estudantes brasileiros do Ensino Médio sem nenhuma restrição. O número de pontos obtidos no Enem vale para a classificação do estudante no Sisu, ou seja, para ter acesso a universidades públicas e institutos federais; vale para ganhar a bolsa do ProUni; vale para o financiamento do Fies; vale para a seleção do Pronatec e do Ciência sem Fronteiras. Nós já falamos aqui no Café sobre o Ciência sem Fronteiras, o nosso programa que oferece bolsas para os jovens das nossas universidades estudarem no exterior. Nós já concedemos, Max, mais de 60 mil bolsas nas melhores universidades do mundo, em 40 países. Então, Max, o Enem é o principal instrumento que nós temos para garantir o acesso à educação superior em nosso país, para dar ao jovem mais oportunidade de ter um curso superior. Isso, Max, é democratizar o ensino sem abandonar o mérito e a valorização do esforço de cada um. Ainda que ele venha de uma família sem recursos para pagar uma universidade, mas se dedicou, se esforçou e teve uma boa nota no Enem, as portas se abrirão para ele.

Apresentador: E o Pronatec, presidenta?

Presidenta: Olha, Max, o Enem também possibilita o acesso ao Pronatec, o acesso ao ensino técnico profissionalizante para todos aqueles que já terminaram o Ensino Médio. Em 2013, foram mais de 170 mil vagas. Fiquem atentos, pois, em março, serão divulgadas as vagas para 2014. Com esse curso, que dura de um a dois anos, o estudante que concluiu o Ensino Médio pode se tornar um profissional técnico de nível obtendo boas colocações no mercado de trabalho, pois o Brasil, Max, tem uma imensa necessidade de técnicos qualificados.

Apresentador: Com certeza, presidenta. Quem estuda tem mais oportunidades na vida.

Presidenta: É verdade, Max, quem estuda ganha para si o mundo e constrói o patrimônio do conhecimento, que ele carrega para onde quer que ele vá. Isso é mais que importante, Max, é estratégico para a criança, para o jovem, para o adulto e para o Brasil. Todos devem aproveitar as oportunidades e estudar. Sabe, Max, todos esses programas fazem parte da grande transformação que estamos fazendo na educação em nosso País. Oferecer educação de qualidade da creche à pós-graduação é o melhor caminho para que cada um possa crescer e melhorar de vida. Esse caminho passa pela construção das creches, pelas escolas com ensino em tempo integral, pela alfabetização das crianças na idade certa, pela valorização dos nossos professores, por um amplo acesso ao ensino técnico e pela abertura das portas das nossas universidades aos jovens, aos adultos. Avançamos muito, mas vamos avançar mais. O esforço, a dedicação e o empenho dos estudantes brasileiros, o apoio e o suporte das famílias, mães e pais, e os programas do governo formam um arco de força que nos tornará do tamanho dos nossos sonhos, Max.

Apresentador: Muito boa a conversa de hoje, presidenta, mas, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais esse Café.

Presidenta: Olha, Max, obrigada. E uma boa semana para você e para os nossos ouvintes.

Apresentador: Você que nos ouve pode acessar o Café com a Presidenta na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!

Fonte:
Empresa Brasil de Comunicação



13/01/2014 07:45


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