Governo anuncia plano que vai avaliar vulnerabilidade de ecossistemas do País
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou nesta terça-feira (22), data em que se comemora o Dia Mundial da Água, um plano para estudar a vulnerabilidade dos ecossistemas no País e relacionar medidas para prevenção e adaptação da biodiversidade às mudanças climáticas.
O documento atende aos acordos assinados na Conferência sobre Diversidade Biológica, realizada no ano passado, em Nagoia, Japão. O texto será detalhado durante evento no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No local, a ministra lança o Ano Internacional de Florestas no Brasil.
"Definiremos [nessa agenda] as metas de conservação dos ecossistemas brasileiros para 2020. Vou lançar a iniciativa hoje [22] à noite: como vamos trabalhar com a sociedade e qual é a convergência entre a convenção de Nagoia e a convenção de mudanças climáticas", afirmou à Agência Brasil.
Censo da flora
De acordo Izabella Teixeira, o plano faz parte de um esforço do Brasil de proteger as florestas e inclui a ampliação das áreas protegidas por meio da criação de unidades de conservação, além da realização do segundo Inventário Florestal Nacional (IFN). O primeiro foi feito há 28 anos.
Chamado de o censo da flora, o levantamento poderá comprovar aumento de espécies ameaçadas de extinção, ao mesmo tempo em que poderá identificar novos exemplares. A expectativa é de que possa ser realizado em pelo menos dois anos a um custo de R$ 150 milhões.
A ministra do Meio Ambiente explica que ainda está sendo consolidada a metodologia da pesquisa e definidas as fontes de financiamento do inventário, que poderá contar com apoio de governos estaduais.
Para o diretor de Políticas Públicas da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o mapeamento das florestas é uma importante estratégia de preservação da biodiversidade diante da discussão de revisão do Código Florestal pelo Congresso Nacional.
"O inventário é uma pré-condição para fazer o zoneamento econômico e ecológico, necessário para determinar o que vai ser mudado, alterado ou como vai ser definido o uso para expansão agrícola, por exemplo", afirmou. "O estudo é importante para cumprir com a convenção de Nagoia".
De acordo com o ambientalista, mesmo que o estudo demore dois anos, com o documento, o governo terá dados consolidados que subsidiem as mudanças necessárias na lei. "Se for o contrário, como está sendo feito, o Brasil vai ter um desastre", criticou.
Fonte:
Agência Brasil
22/03/2011 19:46
Artigos Relacionados
Comissão mista vai avaliar Plano Nacional de Educação e políticas públicas do governo
Serys anuncia participação em encontro sobre recuperação de ecossistemas marinhos
Governo federal lança Observatório da Eqüidade para avaliar desigualdades do país
MALAN: CRISE NÃO PASSOU E MEDIDAS VISAM REDUZIR VULNERABILIDADE DO PAÍS
Tombini fala sobre política monetária, vulnerabilidade do país e operações da Caixa
Governo anuncia novo plano de carreira para a PM