Marta Suplicy: Brasil deve colaborar com fundo que combate à Aids, tuberculose e malária




Matéria corrigida às 21h36

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) relatou nesta terça-feira (28) em Plenário sua participação na abertura do Fórum de Parceria do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, que acontece em São Paulo até o dia 30 deste mês. A senadora chamou a atenção para a importância do próximo encontro, em julho, e disse que o Brasil deve colaborar no combate a essas doenças, que afetam especialmente os países mais pobres.

A senadora também demonstrou confiança de que a presidente da República, Dilma Rousseff, terá um papel catalisador na postura de ajuda global, como o ex-presidente Lula teve no combate à fome. Ela aposta na criatividade brasileira para pensar em fórmulas de colaboração.

Marta Suplicy disse que o Fundo Global é maior entidade de combate a essas três doenças, que devastam os países mais pobres e em desenvolvimento. Ela disse que, nos últimos 12 meses, mais de 400 mil pessoas infectadas pelo HIV começaram a receber o tratamento anti-retroviral por meio da assistência do Fundo Global. No total, são atendidas 3,2 milhões de pessoas.

Em relação à tuberculose, a senadora salientou que nesse mesmo período mais de 1,2 milhão receberam tratamento e, desde 2003, o total acumulado é de 8,2 milhões de pessoas atendidas. Ela disse que, com financiamento aprovado de US$ 22 bilhões, o Fundo Global tem atendido metade dos pacientes que recebem tratamento de AIDS no mundo e fornece 65% do financiamento internacional para combater a tuberculose e a malária. Dentre as ações, foram distribuídos 190 milhões de mosquiteiros com inseticida para combater a malária, sendo 70 milhões apenas no último ano.

- Por sermos pioneiros, o Brasil foi citado como exemplo para o mundo por disponibilizar um tratamento universal para a AIDS. O Brasil é um dos poucos países que dá assistência integral à pessoa portadora do vírus HIV - assinalou.

Marta Suplicy disse que quando se fala em Aids, tuberculose e malária também se fala em pobreza. Para ela, o Brasil tem tudo para ser uma liderança nessa fase de discussões sobre o combate a essas três doenças. Devido às dificuldades financeiras enfrentadas pelo mundo, a senadora disse que o Fundo Global precisa de um "empurrão significativo", pois é subsidiado por doações dos países ricos.

- Precisamos pensar em forma de ajudar. Os países que formam o Bric [Brasil, Rússia, Índia e China], por exemplo, a Rússia doa ao fundo o mesmo montante que aplica internamente em tratamento. O Brasil recebe, pois ainda não é um doador. A Índia colabora com cerca de US$ 15 bilhões, mas não cobre o que o Fundo Global investe na Índia, e a China não investe.

28/06/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


APROVADOS US$ 265 MILHÕES PARA COMBATER AIDS, MALÁRIA, TUBERCULOSE E DENGUE

Marta Suplicy alerta para tendência de aumento dos casos de Aids

Marta Suplicy alerta para aumento da incidência de Aids entre os jovens

SUPLICY PEDE EMPENHO DE SERRA NO COMBATE À MALÁRIA NO AMAZONAS

Governo deve insistir no combate à malária, recomenda Papaléo

Marta Suplicy lembra 30 anos da epidemia de Aids e pede mais campanhas para combater a doença