Governo do Estado reforça a necessidade do uso racional de água, principalmente no Guarujá



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O Estado de São Paulo vive a maior seca dos últimos tempos. Tanto a Capital como algumas cidades do Interior já estão sentindo os reflexos negativos de um longo período sem chuvas, com redução drástica do volume de água em suas represas e mananciais, obrigando as empresas e autarquias, responsáveis pelos serviços de abastecimento, a tomarem medidas que visem distribuir o produto de forma equânime e conscientizar as pessoas sobre a necessidade urgente de se utilizar corretamente a água. O município de Guarujá, na Baixada Santista, conta somente com um sistema isolado para abastecimento da população: o sistema Jurubatuba, que começa a ser prejudicado pela estiagem. Por esta razão, a Sabesp, empresa ligada à Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo, recomenda aos moradores e também aos turistas, que passam suas férias nessa cidade, a utilizarem a água de forma racional, evitando qualquer tipo de desperdício. O fato de Guarujá ser abastecido por um sistema isolado não permite a transferência de água de outro município, como acontece com as demais cidades da Baixada, que contam com um sistema integrado de abastecimento. A Sabesp está empenhando todos os esforços para que os reflexos da estiagem sejam mínimos, realizando manobras e equalizando a distribuição de água em todo o município. O sistema Jurubatuba teve sua produção reduzida em mais de 50% nos últimos dias, reduzindo sua captação de água bruta de 2 mil para 900 litros por segundo. Mas, mesmo com os esforços da Sabesp, é possível ocorrer baixa pressão em residências que não contam com caixas d'água domiciliares. Naquelas que têm reservatório doméstico, os reflexos negativos são minimizados, já que a caixa enche durante o período da noite, quando o consumo é menor, e, conseqüentemente, há maior pressão na rede. O índice pluviométrico dos últimos 90 dias é o menor registrado em cinco anos. Choveu 138 milímetros este ano, enquanto que, em igual período de 1999, o índice foi de 401 milímetros -- mais do que o dobro (veja tabela). Até as últimas semanas, o abastecimento estava tendo uma regularidade satisfatória, com registros de problemas verificados somente nas áreas chamadas pontas de rede. Com as chuvas registradas nos dias 2 e 3 de julho, houve uma pequena melhora, mas a situação voltou a se agravar com o forte calor e o aumento do consumo registrados nos últimos dias. Em decorrência desta situação, a Sabesp está reforçando a campanha de uso racional da água na cidade, com a distribuição de folhetos e alerta através dos veículos de imprensa. A Empresa ressalta que só há problemas de baixa pressão no município de Guarujá, que conta com sistema isolado de abastecimento e que a situação nas outras cidades da Baixada Santista é normal, sem nenhum registro de problemas. Mas, mesmo com a situação sob controle, a Sabesp pede a colaboração dos moradores e turistas para a mudança de hábitos em relação ao consumo. Neste momento, é importante a colaboração de todos no combate ao desperdício, uma vez que o período de chuvas está previsto apenas para os meses de setembro e outubro. É quando a Sabesp espera estar regularizando o volume de água dos mananciais onde realiza sua captação. Índices Pluviométricos em Piaçagüera - Sistema Jurubatuba Ano Índices acumulados nos meses de abril, maio e junho 2000 138 mm 1999 401 mm 1998 315 mm 1997 480 mm 1996 582,40 mm Água: Se vocês usar bem, ninguém fica sem! A Sabesp tem trabalhado e investido para garantir a distribuição de água para população fixa e flutuante. Mas isso não será suficiente sem a colaboração de todos, através da mudança de hábitos. Evitar o desperdício deste bem, que é finito, principalmente neste período de estiagem, é garantir abastecimento para todos. Veja algumas dicas, que alteram de forma simples alguns hábitos do seu cotidiano, mas que representam grande economia para a Sabesp e para o seu bolso: Ao escovar os dentes feche a torneira e a economia será de 11,5 litros em casa e 79 litros em apartamento. Só lave roupas e louças em máquinas quando estas estiverem cheias. A lava-louça gasta 40 litros de água e a lava-roupa, 135 litros. Já um tanque, com a torneira meio aberta, gasta 117 litros na casa e 279 litros no apartamento. Lave a calçada ou o quintal com a água que foi utilizada para lavar roupa. Um esguicho de torneira ligado por 15 minutos gasta 279 litros. O banho pode ter seu tempo diminuído de 15 para 5 minutos, se o chuveiro foi desligado ao ensaboar-se. O consumo cai de 135 para 45 litros na casa e de 243 para 81 litros no apartamento. Pinga pinga Gotejando, uma torneira chega a 46 litros de desperdício por dia ou 1.380 litros por mês. Um filete de 2 milímetros significa 4,1 mil litros/mês. Um buraco de 2 mm no encanamento par

07/11/2000


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