GOVERNO MANTERÁ CÂMBIO LIVRE, AFIRMA SÉRGIO MACHADO
A mudança do presidente e da diretoria do Banco Central foi necessária para a adaptação da nova política cambial adotada pelo governo, de liberação do câmbio, segundo o líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE). "Com a mudança na política cambial, fomos buscar alguém com ampla experiência internacional e no livre mercado", disse o senador, referindo-se a Armínio Fraga, nova indicação do governo para a presidência do Banco Central.- Armínio Fraga vem reforçar a política de câmbio livre, que é o novo paradigma do governo. Por esse motivo, foi necessário mudar toda a diretoria do BC - enfatizou.O fato de Armínio Fraga ter trabalhado com o megainvestidor George Soros em nada atrapalha o desempenho que terá à frente do BC, disse Machado. O senador observou que a quarentena que vem sendo defendida para presidentes e diretores do Banco Central é para quando eles saem do Executivo e assumem um posto na iniciativa privada. No caso de Fraga, acrescentou, é o contrário: ele está vindo da iniciativa privada para o Banco Central.O mercado financeiro respondeu bem à indicação de Fraga para o BC, de acordo com o senador. Machado não vê problemas para o Senado aprovar o nome do novo presidente do banco. Segundo ele, a sabatina e a votação deverão ser feitas logo após o dia 22 deste mês, data de início dos trabalhos da nova legislatura.O líder do PSDB afirmou que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, "está forte" e permanecerá no cargo. A indicação de Armínio Fraga, acrescentou, foi sugestão do próprio Malan. Quanto à queda de credibilidade da equipe econômica, disse: "credibilidade a gente adquire agindo, e é o que o governo está fazendo".Sobre as medidas na área econômica, Sérgio Machado disse que o governo continuará a adotar a liberação do câmbio. Ele negou a adoção do sistema de conversibilidade do real para o dólar ou currency board e reforçou que não haverá moratória interna ou externa, calote ou centralização do câmbio.O novo Congresso, que tomou posse na segunda-feira (01), reforçará a base de sustentação do governo, segundo Machado. Na opinião do senador, o governo não terá dificuldades para discutir e aprovar as reformas tributária e política.
02/02/1999
Agência Senado
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