Governo vai intervir em conflito entre indígenas e fazendeiros em MS
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse nesta quinta-feira (24) que o governo vai reforçar as ações na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, palco de conflitos entre indígenas e produtores rurais. A tensão na região aumentou na última semana depois do ataque de pistoleiros ao Acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambai.
De acordo com os indígenas, o cacique Nísio Gomes foi morto e três moradores do acampamento foram sequestrados. O corpo do cacique desapareceu e ainda não há pistas sobre os desaparecimentos. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal abriram inquérito para investigar o caso.
Na próxima semana, segundo Maria do Rosário, o governo vai reunir o Comitê Gestor de Ações Indígenas Integradas para Dourados em um encontro em Mato Grosso do Sul. O grupo deverá anunciar um pacote de políticas públicas para os cerca de 44 mil índios da região.
“O comitê, que é composto por vários ministérios, estará em reunião em Mato Grosso do Sul exatamente para tratar de questões relacionadas ao atendimento em saúde, de segurança, e um conjunto de políticas para as comunidades indígenas”, adiantou a ministra.
“Os conflitos agrários na região têm desencadeado situações de muita violência, com mortes que poderiam ter sido evitadas. O desafio é asseguramos segurança e direitos humanos às comunidades indígenas e tratar o conflito agrário com definições claras do Estado brasileiro”, acrescentou.
Após os conflitos, índios pediram ao governo brasileiro reforço na segurança local e o avanço nos estudos que comprovariam que a fazenda, atualmente usada para o plantio de soja, pertencia à comunidade indígena da etnia Guarany-Kaiwá, até os anos 70. A área reivindicada pelos índios possui cerca de 20 hectares.
Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, o acampamento terá policiamento 24h da Força Nacional de Segurança pelos próximos 60 dias.
Fonte:
Agência Brasil
Secretaria de Direitos Humanos
24/11/2011 17:40
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