Grandes companhias têm queda de participação no mercado



A crise vivida pelas companhias aéreas é anterior aos atentados sofridos recentemente pelos Estados Unidos. Mesmo antes dos atos terroristas, que contribuíram para agravar a crise no setor, as grandes companhias aéreas brasileiras já vinham registrando problemas financeiros. A demanda do setor, contudo, ainda não mostrava sinais de desaquecimento, coisa que começa a acontecer no peródo pós-atentado. Algumas companhias, entretanto, como a Varig e Transbrasil, vinham apresentando ainda perda de participação relativa no mercado, segundo revelam dados divulgados pelo Departamento de Aviação Civil (DAC).

Em agosto último, por exemplo, o grupo Varig registrou uma participação no mercado (em passageiro por quilômetro pago transportado) de 42,87% contra uma participação de 47,51% no mesmo mês de 2000.

Nesse mesmo período, a participação da Transbrasil no mercado brasileiro caiu de 10,44% para 6,68%. A VASP conseguiu elevar sua participação relativa no mercado, de 11,29%, para 13,93%, o mesmo ocorrendo com a TAM, que saiu da posição relativa de 28,44% para 29,22%. A GOL, que não existia em agosto de 2000, chegou em agosto de 2001 ocupando 5,44% do mercado brasileiro.

Vendo-se o setor como um todo ( Indústria da aviação civil), o número de assentos por quilômetro oferecido ( Ass km OF ) subiu de 3,453 milhões registrado em agosto de 2000 para 3,899 milhões registrado em agosto deste ano (12,9%). O número de passageiros por quilômetro transportado ( PAX km PG TR ) também subiu de 2,011 milhões para 2,372 milhões (17,9%). O aproveitamento ( Aprov ) das linhas aéreas também havia subido de 58% em agosto de 2000 para 61% em agosto de 2001, significando, portanto, uma queda importante na ociosidade das linhas (queda de 3 pontos percentuais).

Os quadros adiante, do DAC, são uma radiografia do setor:

25/09/2001

Agência Senado


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