Grandes momentos de 2013: Poliana Okimoto



Em um ano em que o Brasil virou referência nas maratonas aquáticas, com o desempenho brilhante dos atletas do país no Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona, disputado entre julho e agosto, Poliana Okimoto voltou para casa como a grande estrela da modalidade. Ela superou as próprias expectativas ao faturar o ouro na olímpica dos 10km, conquistar a prata nos  5km e ainda levar a medalha de bronze no revezamento 5km, quando competiu ao lado de Allan do Carmo e Samuel de Bona.

No total, foram cinco medalhas conquistadas pelos brasileiros em Barcelona nas maratonas aquáticas. Com isso, a modalidade foi responsável pela metade dos pódios do Brasil na competição, igualando o número da natação, um feito inédito para o país. Nas maratonas aquáticas, o Brasil conquistou uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze. Além do ouro e da prata de Poliana Okimoto e do bronze no revezamento, Ana Marcela Cunha voltou para casa com a prata nos 10km e o bronze nos 5km.

“Foi muito bom. O Brasil terminou como campeão da modalidade, o que é ótimo para os atletas, mas também para o crescimento do interesse pelo esporte no país. Antes, a gente procurava saber de treinamentos de outros países e agora inverteu: são eles que querem saber como treinamos, onde treinamos...”, comemora Poliana.

Depois de uma passagem pelo Rio de Janeiro em 2012, Poliana voltou a morar em São Paulo, com o técnico e marido Ricardo Cintra. Ainda que treinando em piscina de 25 metros, no Clube Espéria, a nadadora considerou a mudança positiva, por ficar mais perto da família. “Também consegui ter a estrutura multidisciplinar que tivemos no Rio, graças ao Plano Brasil Medalhas. Com os investimentos, temos o que precisamos: fisioterapeuta, preparador físico, massagista, nutricionista... Foi um aparato novo, que começou neste ano, e o fato de eu estar envolvida por todos esses profissionais ajudou muito.”

Poliana explica que em 2013 ela mudou um pouco a preparação física. Foi decidido que o trabalho seria para ganhar mais força e massa muscular. “Ajudou, principalmente para conseguir mais velocidade nas chegadas, no sprint”, ressalta. Ela também foi ao CT de San Luís de Potosí, no México, treinar 21 dias em junho, na altitude de 1.860m. No ar rarefeito, o organismo produz mais glóbulos vermelhos e o sangue fica mais oxigenado, o que é bom para atletas de provas de resistência.

Para a nadadora, o Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona rendeu bem mais do que ela esperava. “O foco era a prova dos 10km, que é a prova olímpica. Se fosse o bronze, já seria bom, porque desde 2009, quando conquistei minha primeira medalha em Mundial (foi bronze em Roma), eu não conseguia voltar ao pódio. Só tinha conseguido na prova dos 5km, que não é olímpica. Assim, minha expectativa era até pequena perto do ouro que consegui. E ainda consegui prata (nos 5km) e bronze (no revezamento 5km). Foi surpreendente!”, confessa a atleta, sem esconder o orgulho pelo desempenho na Espanha.

Fonte:
Brasil 2016

 

 

 



19/11/2013 16:58


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