Grandes momentos de 2013: Róbson Conceição



Com 12 anos de boxe no currículo, o baiano de Salvador Róbson Conceição chegou à medalha de prata da categoria 60 kg do Mundial de Boxe, disputado em outubro, em Almaty, no Cazaquistão. Em sua caminhada até a final, Róbson teve que superar cinco adversários – o representante do Tajiquistão Anvar  Yunusov; o mongol Otgondalai Dorjnyambuu; o ucraniano Dmytro Cherniak; o indiano Vikash Malik; e, finalmente, o italiano Domenico Valentivo. E só parou na decisão diante do cubano Lázaro Alvarez Estrada, campeão mundial em 2011 e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

A campanha de prata de Róbson Conceição representou uma vitória para o lutador e, mais do que isso, significou um salto de desempenho considerando-se que no Mundial anterior ao de Almaty, disputado em Baku, no Azerbaijão, em 2011, ele foi eliminado precocemente, nas oitavas de final.

Em Almaty, pela primeira vez no boxe amador os pugilistas não usaram capacetes. A mudança, para Róbson, não foi muito fácil de ser assimilada: “É verdade que temos de estar atentos, mas não gostei”, confessa. “Você leva muitas cabeçadas e fica machucado para fazer a luta seguinte ou nem é liberado pelo médico para lutar. E são muitas lutas. No boxe profissional (onde já não existia o capacete), isso não ocorre. Você faz no máximo quatro lutas por ano e sempre tem um bom tempo de recuperação”, observa.

O boxeador diz que se preparou “superbem” para o Mundial deste ano. A equipe brasileira passou uma temporada na cidade alemã de Colônia antes de viajar para o Cazaquistão. Lá, o time realizou treinos que Róbson considerou excelentes. “A gente vinha treinando durante o ano todo, mas conseguimos chegar à melhor forma mesmo na Alemanha, 15 dias antes de começar o Mundial.”

Mesmo derrotado pelo adversário de Cuba – país de muita força e tradição no boxe –, Róbson Conceição disse ter ficado satisfeito com a prata, principalmente por ter derrotado adversários que estão dentre os melhores do mundo. “Agora, ainda caí na pior chave da competição. Em 2011, em Baku, não consegui um bom resultado porque caí para enfrentar um adversário da Ucrânia que era campeão de tudo, ganhei e à noite resolveram mudar o resultado da luta! Mas a experiência sempre vale. Agora, estava bem preparado tanto fisicamente como psicologicamente.”

Róbson diz que teve o sonho de passar para o boxe profissional. Mas ressalta que hoje não está valendo a pena. “Temos mais apoio no chamado esporte amador. O Ministério do Esporte está nos dando muito apoio com o Bolsa-Atleta e, agora, com a tão esperada Bolsa Atleta Pódio. Com isso, não penso em passar para o boxe profissional. A parceria está dando muitos frutos”, comemora.

Fonte:
Ministério do Esporte 



20/11/2013 18:20


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