Há espaço para reduzir mais os juros, diz Fraga
- Há espaço para reduzir mais os juros, diz Fraga
- O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, garante que o País está na trajetória certa no que se refere à inflação. Portanto, diz, "há espaço para reduzir juros", o que ajudaria a aquecer a economia.
Em entrevista ao "Estado", ele afirma serem erradas as interpretações de analistas de mercado que viram na decisão de cortar 0,25 ponto porcentual da taxa de juros básica uma mudança de atitude do BC.
"Não mudamos a estratégia, o que mudou foi o grau maior de transparência na comunicação do Comitê de Política Monetária e passamos a olhar um prazo mais longo da trajetória da inflação."
Esse prazo se alonga até o fim de 2003, para quando a inflação projetada está abaixo da meta de 3,25%. Fraga não chega a considerar a hipótese de adoção de uma moratória na dívida pública pelo futuro governo.
Mas ele alerta que o próximo presidente estará cometendo "suicídio" se reduzir o superávit primário (das contas públicas, sem contabilizar pagamento de juros) abaixo de 3,5% do PIB, como o que está previsto no acordo com o FMI. É isso que, na sua avaliação, iria "potencializar o medo do mercado". (pág. 1 e B5)
- Preocupado com a voracidade do Estado, o economista e sociólogo Eduardo Giannetti da Fonseca vê o Brasil como 'Ingana': "Um Estado que arrecada como a Inglaterra e tem problemas como Gana." Ele acha que o próximo presidente tem o desafio de acabar com o déficit público, até mesmo extinguindo municípios. (pág. 1 e A10)
- O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, pediu ontem calma aos seus líderes na tentativa de evitar o rompimento com o PSDB. A invasão pela Polícia Federal da empresa do marido da governadora e pré-candidata Roseana Sarney, anteontem, abriu uma crise na base aliada e parte do PFL já fala em deixar o Governo. (pág. 1 e A6)
- Iniciativas como a da arquiteta Liana Muller Borges, que há 14 anos criou a Associação Criança Brasil em São Paulo, mostram que o investimento em educação e oportunidades para jovens podem garantir um futuro com mais exercício da cidadania e menos criminalidade. (pág. 1, C4 e C6)
- Assassino, seqüestrador, Assaltante... Com longa ficha criminal iniciada quando ainda tinha 10 anos, Wanderson Newton de Paula Lima, o Andinho, tem admiradores entre os amigos de infância em Campinas. Mas a maior parte dos ex-vizinhos teme falar sobre ele. (pág. 1 e C1)
- A iniciativa do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva de buscar aliança do PT com o PL escandaliza militantes históricos e faz o partido adiar a decisão. Para o metalúrgico aposentado Waldemar Rossi, que em 1980 saudou o papa João Paulo II em nome dos trabalhadores no Morumbi, a coligação seria um "profundo equívoco". (pág. 1 e A6)
- Os EUA poderão provocar caos no mercado mundial de aço quarta-feira, quando anunciarem medidas de proteção à sua siderurgia. Donas de 40% do mercado americano de semi-acabados, as siderúrgicas brasileiras se preparam para reagir na OMC e garantem que o conflito pode interferir na gestação da Alca. (pág. 1 e B7)
- Todos os colombianos sabem que o guerrilheiro é apenas um empresário no ramo do narcotráfico e dos seqüestros. Enquanto isso, na Europa e nos EUA essa transformação da guerrilha em uma empresa transnacional de assassinatos passa despercebida. (pág. 1 e A26)
- O Bradesco deve se tornar este ano a instituição que mais empresta dinheiro no País, superando o Banco do Brasil. Somados os créditos de 2001 feitos por sua rede com os das instituições financeiras que adquiriu este ano, são R$ 50,567 bilhões em empréstimos, ante R$ 49,893 bilhões do BB. (pág. 1 e B10)
pág. A3)
Editorial
"OS SUPER-HERÓIS E A ARGENTINA"
Por enquanto, a idéia do governo é fazer com que os argentinos, afundados em terrível crise econômica e social, sofram mais, para que sirvam de exemplo ao mundo. Se depender dos EUA, um acordo com a nova missão do FMI não será fácil.
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03/03/2002
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