Hartung parabeniza governo pelo acordo que solucionou disputa de patente de remédios



O senador Paulo Hartung (PPS-PE) cumprimentou o governo federal, o ministro da Saúde, José Serra, e o Itamaraty pelo acordo firmado nesta segunda-feira (dia 25) com os Estados Unidos para solucionar a disputa de patentes de remédios. Os americanos voltaram atrás em tentar proibir o Brasil e outras nações em desenvolvimento de fabricarem medicamentos genéricos para o tratamento da Aids. "Essa conquista não servirá apenas ao povo brasileiro, é uma conquista da humanidade", comentou Hartung.

Na opinião do senador pelo Espírito Santo, a vitória diplomática brasileira demonstra que, apesar de a negociação internacional ser difícil para os países em desenvolvimento, é possível obter sucesso desde que haja uma preparação para o debate. "Com boas idéias e causas bem fundamentadas, podemos conquistar outros avanços", analisou.

Paulo Hartung defendeu também a necessidade de o país se preparar para as negociações em torno da criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Ele sugeriu que o Senado estabeleça uma agenda para o período após o recesso legislativo. "Não apenas uma agenda de votações de projetos importantes, como a Lei das Sociedades Anônimas, mas também uma agenda de debates sobre temas que interessam ao país, como a criação da Alca", afirmou.

Vários senadores fizeram apartes ao senador capixaba. Todos abordaram o acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos em torno das patentes de remédios. Tião Viana (PT-AC) lembrou que a vitória brasileira foi fruto da luta da população e dos movimentos sociais, que encontrou apoio no Ministério da Saúde e no ministro José Serra. Ele registrou que a Aids já fez mais vítimas que o Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram mortos. "De 22 milhões de pessoas que morreram de Aids, 17 milhões eram africanos", informou.

O senador Geraldo Melo (PSDB-RN) destacou que a conquista do governo brasileiro demonstra que o país hoje já se movimenta no cenário internacional sem complexos de inferioridade. "Tivemos que vencer a obstinada reação de um país que hoje é a nação reitora do mundo, sob todos os aspectos e sob todos os planos", avaliou. Já o senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) falou da "competência e capacidade de negociação" do Itamaraty. "Esta foi uma vitória da razão e da justiça", completou.

26/06/2001

Agência Senado


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