HARTUNG PEDE PROVIDÊNCIAS CONTRA DESIGUALDADE SOCIAL
Ao divulgar dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre indicadores sociais no Brasil, em 1999, o senador Paulo Hartung (PPS-ES) lamentou que o desenvolvimento econômico que o país apresentou nos últimos 40 anos não tenha se refletido numa melhor distribuição de renda entre as regiões, entre as várias classes sociais, entre homens e mulheres e, sobretudo, entre as raças que compõem o povo brasileiro.- O país como um todo já teria condições de viver melhor, mas a marca desse desenvolvimento foi a desigualdade e a exclusão. O documento atesta que os 10% mais ricos têm uma renda 106 vezes maior do que a dos 10% mais pobres. A ruptura desse quadro é a condição primeira para darmos a cada brasileiro a liberdade e a possibilidade de buscar sua própria felicidade - ressaltou.Hartung citou estatísticas desfavoráveis sobre mortalidade infantil, em que a média brasileira registra 36 óbitos por mil nascimentos, bem longe dos números dos países do Primeiro Mundo, que oscilam entre 4 e 8 mortes por mil. Ele afirma, no entanto, que esses números tomam caráter alarmante se observarmos que, em Alagoas, os óbitos atingem 71,9 por mil, enquanto são de 19,4 no Rio Grande do Sul. "A desigualdade regional é chocante".Segundo o senador, essas mesmas disparidades entre estados brasileiros se repetem quando examinamos indicadores de saúde, educação, trabalho, renda, habitação, saneamento, mostrando que as médias brasileiras, embora ruins em relação aos países ricos, mascaram uma verdade pior, que é a tragédia das desigualdades regionais.Hartung afirmou que os indicadores do IBGE exigem uma outra agenda social e demandam uma redefinição das políticas de inserção econômica e inclusão social para evitar a recorrência de erros históricos que reforçam a estrutura desigual do país. "Viajar do Sul para o Nordeste é como viajar da Europa para a África e isso não podemos aceitar mais". Em aparte, o senador Geraldo Cândido (PT-RJ) reconheceu ser o Brasil o campeão das desigualdades sociais. Também em aparte, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) afirmou que o modelo econômico que os sucessivos governos têm adotado ao longo das décadas são os responsáveis por essa tragédia social.
23/05/2000
Agência Senado
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