Hélio Costa lê artigo de Fábio Doyle em defesa de Itamar Franco
O senador Hélio Costa (PMDB-MG) leu artigo intitulado -Itamar merece respeito-, escrito pelo jornalista Fábio Doyle e publicado na última segunda-feira (17) pelo jornal mineiro Diário da Tarde, em defesa da indicação do ex-presidente e ex-governador de Minas Gerais para a Embaixada do Brasil em Roma.
O jornalista diz em seu artigo que é preciso reconhecer que Itamar Franco, no governo de Minas Gerais, como na Presidência da República e em toda a sua vida político-partidária, -balizou seu comportamento pelo mais estrito respeito ético, pela absoluta correção, pelo mais elevado sentido do interesse público-. Fábio Doyle afirma, no artigo lido por Hélio Costa, que o Brasil, sem Itamar como presidente, poderia ter sido levado à falência geral, da economia e das instituições.
Minas, sem Itamar, afirma Fábio Doyle em seu artigo, -teria perdido sua maior e mais importante empresa, a Cemig, que ele encontrou vendida e entregue a grupos estrangeiros-, acrescentando que sem Itamar no Palácio da Liberdade, o Brasil teria perdido Furnas. Ele lembra que foi Itamar -quem deu o primeiro grito contra os exageros fiscais impostos pela União aos estados-membros-. Além disso, o ex-governador de Minas, -embora enfrentando dificuldades financeiras sem conta, às quais ele não deu causa, mas recebeu de herança, se recusou de forma terminante a transferir o possível equilíbrio do caixa fazendário para o corte dos salários e dos empregos do funcionalismo-.
No artigo, Fábio Doyle lembra que Itamar Franco foi convidado pelo presidente da República para ser o embaixador do Brasil na Itália. -Um convite honroso que dará ao país uma representação diplomática de alto nível na capital italiana-, assinalou. Para Doyle, indicar um ex-presidente da República, um ex-senador e um ex-governador apenas engrandece o Itamaraty e honra o país em que irá trabalhar.
O jornalista, destaca Hélio Costa, lamenta que surja no noticiário da imprensa -uma diatribe de um senador qualquer, com a ameaça de votar contra a indicação de Itamar com o argumento de que ele descumpriu, no governo de Minas, a Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige equilíbrio orçamentário praticamente impossível de ser atingido em uma conjuntura adversa e difícil, sem massacrar o funcionalismo-. A única acusação que esse senador encontrou para justificar o seu voto contrário, diz Doyle, -foi uma nuga fiscal, destituída, se verdadeira, de maior importância-. Nada mais, diz o jornalista, -conseguiu levantar contra a dignidade, a honradez, a lisura do homem e do governo Itamar-.
Fábio Doyle também cita em seu artigo declaração do senador Hélio Costa (PMDB-MG) de que sugeriria ao senador de Santa Catarina, cujo nome Doyle não menciona, -a criação de uma comissão de inquérito para levantar negócios suspeitos feitos por ocasião da Feira de Hanover de 2002, na Alemanha, envolvendo uma filha do tal senador com outros coadjuvantes-. Segundo o jornalista, o episódio já é objeto de uma ação instaurada pelo Ministério Público, que investiga a contratação de empresas pertencentes a parentes do -trêfego senador- para a montagem do pavilhão brasileiro.
21/03/2003
Agência Senado
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