Heloísa defende investimentos e linhas de crédito para aumentar turismo no país
A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) defendeu, em discurso no Plenário, uma política nacional para o desenvolvimento do turismo no país que contemple linhas de crédito e financiamentos direcionados à qualificação da mão-de-obra do setor e também proporcione lazer à população de média e baixa renda.
No discurso, feito durante a sessão não-deliberativa desta sexta-feira (23), a senadora relatou que as propostas foram defendidas por trabalhadores, empresários e representantes do setor de turismo num encontro nacional presidido pelo deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. Participaram também desse encontro candidatos de vários partidos às eleições para presidente da República, inclusive ela própria, candidata pelo PSOL.
Segundo a senadora, foram apresentadas ainda outras propostas durante o encontro para dinamizar o setor de turismo, tais como: alteração da legislação; marketing turístico; mais investimentos; melhoria da malha rodoviária para facilitar acesso a lugares turísticos; capacitação e qualificação da mão-de-obra e também dos gestores privados para que conduzam com eficácia seu empreendimento; programas de crédito educativo para cursos de graduação e cursos técnicos de turismo; e maiores mecanismos de controle e vigilância para evitar o turismo sexual no Brasil, entre outras.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a importância do setor de turismo para a geração de empregos no país e disse que era oportuno o discurso de Heloísa. A senadora observou que, durante o encontro, houve duas propostas com as quais não concordou: a flexibilização da legislação trabalhista, com a adoção do contrato temporário de trabalho; e a parceria público-privada.
Para Heloísa, não deve haver perda de direitos dos trabalhadores, afirmação com a qual também concordou Paim. Sobre a disponibilidade de investimentos e linhas de crédito para o setor, Heloísa disse que não aceita a resposta de que o governo não tem recursos. Para ela, é preciso mudar o modelo econômico a partir de uma reforma tributária. Será necessário ainda, acrescentou, reduzir a taxa de juros, o que "possibilitará maiores investimentos para dinamizar a economia".
23/06/2006
Agência Senado
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