Heráclito Fortes diz que memória do PT está "ferida de morte"
O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) lamentou a crise por que passa o Partido dos Trabalhadores diante da atual conjuntura política. Para ele, em um passado recente, ninguém ousaria dizer que no PT havia corruptos. O senador fez esse comentário ao relatar as denúncias feitas nesta terça-feira (7) por um depoente na CPI dos Bingos, envolvendo o partido. Ele acrescentou que ninguém usou da palavra para defender a honorabilidade do partido.
- O PT sabe que está nos bancos dos réus e em nenhum momento está procurando punir aqueles que colaboraram para que o partido tivesse sua memória irremediavelmente ferida de morte - disse, criticando também a postura do partido de colocar toda a culpa da corrupção no empresário Marcos Valério, que, a seu ver, trata-se apenas de um "laranja".
Em aparte, o senador Flávio Arns (PT-PR) disse que o PT continua com a mesma bandeira de ética, lembrando que o partido conta com um milhão de militantes e que a corrupção envolveu setores específicos, que devem ser punidos.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) também lamentou o que classificou como "epidemia de corrupção", promovida pelo PT. Já a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) disse temer que a atual crise política banalize a corrupção, lamentando a utilização do termo "endemia" pelo cardeal Geraldo Majella Agnelo para caracterizar a corrupção. A seu ver, essa palavra passa a idéia de conformismo com a corrupção e de que não há jeito para exterminá-la.
- Estamos a um passo para banalização do mal, da corrupção, da pobreza e da miséria - disse a senadora, citando Hannah Arendt, filósofa alemã.07/03/2006
Agência Senado
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