Heráclito Fortes manifesta apoio à resolução da OEA



A resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) que recomenda uma solução pacífica para o conflito entre Equador e Colômbia recebeu nesta quarta-feira (5) o apoio do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). A intervenção da OEA é decorrente de ação militar da Colômbia em território do Equador, que resultou na morte do vice-líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ), Raúl Reyes e outros 16 integrantes do movimento que se abrigavam naquele país.

Heráclito Fortes disse que a OEA "agiu dentro do espaço que poderia agir" para colaborar para a retomada da paz. Ele acrescentou que o Brasil, "com a autoridade e independência que tem, não pode se dobrar a caprichos de presidentes de Estados vizinhos que querem se impor com agressões baratas". O senador citou a atuação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em diversos episódios, como no caso dos boxeadores cubanos que participaram dos últimos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, e teriam sido levados de volta à Cuba com o auxílio de autoridades brasileiras em um avião venezuelano.

O senador também criticou atitude do presidente do Equador, Rafael Correa, que, em encontro nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria atacado verbalmente o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de acordo com notícia veiculada na imprensa.

Heráclito Fortes foi aparteado pelos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Aloizio Mercadante (PT-SP), Mão Santa (PMDB-PI), João Pedro (PT-AM), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Arthur Virgílio disse que Hugo Chávez é "um empecilho" à integração regional e que o presidente venezuelano não tem compromisso com a democracia. Mercadante disse que o PT não aceita organizações que praticam seqüestros como instrumento de luta e que o partido tem um compromisso histórico com o estado de direito. Ressaltou também que o Brasil não pode aceitar ações unilaterais de outros países.

João Pedro lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já condenou a atuação das Farc. Observou, por outro lado, que a presença militar norte-americana na Colômbia não colabora para o processo de paz na região. Já Eduardo Azeredo cobrou uma "posição firme" do governo brasileiro contra a ação das Farc e disse que Chávez é um "agente de instabilidade permanente".

Flexa Ribeiro disse que Chávez "se acha no lugar de ocupar o papel que Fidel Castro exerceu sobre alguns países sul-americanos ao longo dos últimos 50 anos". Mas Heráclito Fortes discordou da opinião do senador pelo PSDB paraense, ressaltando que o ex-presidente cubano nunca fez ataques verbais aos presidentes dos países do continente, ao contrário do presidente venezuelano.



05/03/2008

Agência Senado


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