Heráclito Fortes se despede do Senado com balanço dos seus oito anos de mandato




"Eu preferia não estar aqui apresentando as minhas despedidas, mas perder também faz parte da vida e a vontade do eleitor deve ser respeitada". O comentário foi feito pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que nesta terça-feira (21) ocupou a tribuna do Plenário para se despedir. Ele destacou que, além de enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve de disputar a última eleição contra candidatos que promoveram "um derrame de dinheiro poucas vezes visto na história do Piauí".

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Durante quase duas horas, o parlamentar piauiense fez um balanço dos seus oito anos de mandato e foi aparteado por senadores de diversos partidos. Heráclito afirmou que pautou sua atuação pela coerência: eleito para ser oposição, fez oposição. Ele lembrou que, quando percebeu desvios de conduta, irregularidades e faltas de projetos, cobrou explicações e providências tanto do governo do Piauí quanto do federal.

- Não foram exatamente calmos estes oito anos. Vivemos várias crises, internas e externas. A pior delas, sem dúvida, a do mensalão. E, nesse caso, o governo não pode se queixar. Muitos de nós atuamos como bombeiros, ajudamos a preservar o mandato do presidente Lula, embora ele não reconheça isso - afirmou Heráclito Fortes, lamentando que o governo tenha preferido emperrar as investigações em vez de as aprofundar.

Da mesma forma que o governo fez funcionar o "rolo compressor" para prejudicar as investigações da CPI do Mensalão, registrou Heráclito Fortes, repetiu o mesmo procedimento quando foi instalada a CPI das ONGs. Essa comissão parlamentar de inquérito foi proposta e presidida pelo representante do Piauí, que também integrou as CPIs do Banestado e dos Correios. Ele também destacou sua atuação como presidente das comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), além do período em que exerceu a função de 1º secretário.



21/12/2010

Agência Senado


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