Heráclito Fortes: Senado reduzirá diretorias aos números tradicionais



Em entrevista coletiva, concedida na manhã desta sexta-feira (20), o 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes, anunciou que o propósito da Casa é reduzir as diretorias da instituição aos números tradicionais, enxugando a estrutura que veio crescendo ao longo dos últimos 12 anos. "É impossível você lidar com cinquenta diretores, isso não existe", afirmou. Ele disse que ainda hoje divulga os nomes das diretorias extintas. "Estou na vigília, esperando a lista".

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- Vamos fazer as primeiras cinquenta exonerações ainda hoje. Na semana que vem, nós vamos continuar. Nós vamos fazer o enxugamento necessário para que a máquina funcione e não seja tão gigantesca como é hoje. Assim, ela é inaceitável.

De acordo com o 1º secretário, estudos estão sendo realizados para chegar-se a um número sensato de diretorias. Quanto às atribuições que ganharão os funcionários desses cargos, ele disse que isso é uma questão administrativa. "O diretor- geral ou o departamento onde eles estão lotados é que irão tomar essas providências", afirmou.

- Que número de diretores é considerado sensato para o Senado? - perguntaram-lhe.

- Há uma confusão. É preciso que vocês entendam que no momento de uma crise como essa existem os que se aproveitam para fazer tumulto. Soltou-se uma lista turbinada. Listaram-se diretores com assessores e com assistentes, e criou-se uma lista de 181. Aquela lista não é real. (...) De qualquer maneira, é impraticável, é impossível, você lidar com cinquenta diretores. Isso não existe.

- Quantos serão então? - voltaram a lhe indagar.

- Nós vamos reduzir para os números tradicionais as diretorias da Casa. Ontem, um diretor me procurou muito emocionado porque vocês turbinaram a questão da diretoria de Anais, que é a memória da Casa e existe desde o Império. Então a questão não é a diretoria de Anais. Ela existe e tem necessidade porque ela é a memória da instituição. Agora tem diretorias aí que não têm o menor sentido, a menor razão de ser. Essas serão cortadas.

Questionado também sobre os automóveis existentes na Casa, Heráclito disse que, antes mesmo de saber quantos eles são, tomou providências para reduzir a frota.

- Esses números, não dá para saber com exatidão. Estamos atacando em várias frentes e não podemos nos perder, senão não atingiremos nossos objetivos.

Sobre os funcionários terceirizados, ele disse que as demissões começarão pelo setor de Comunicação Social. Explicou que os concursados que já esperavam há algum tempo vão ser chamados para substituir os terceirizados. E acrescentou:

- Nós não podemos chamar mais que as vagas previstas porque a lei não permite. O que permite é fazermos a primeira chamada dos que foram aprovados. Depois, temos os excedentes. Pode ser que, por necessidade de serviço, a gente venha a chamar os excedentes. O certo é que não vamos fazer concursos novos. Vamos aproveitar os concursos já existentes.

Teresa Cardoso / Agência Senado



20/03/2009

Agência Senado


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