HOLLANDA QUER INCENTIVO À CULTURA DE ALGODÃO
O senador Joel de Hollanda (PFL-PE) defendeu hoje (dia 3) a necessidade de o governo federal incentivar a cultura de algodão no país, alertando para os efeitos negativos da crescente importação do produto na "desequilibrada" balança comercial brasileira. Viabilizar crédito com taxas de juros compatíveis com o mercado internacional e fornecer insumos e equipamentos mínimos necessários aos produtores nacionais foram considerados pelo senador "medidas que não podem ser adiadas".
De acordo com Joel de Hollanda, sem estímulos efetivos, os produtores brasileiros têm aderido a outras culturas mais rentáveis, o que, a seu ver, explica a redução da produção interna do produto para menos da metade só neste ano, conforme anunciou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O problema do desemprego da mão-de-obra também preocupa o senador, que alertou para conseqüências ainda "mais sérias" para a região Nordeste, onde, além das dificuldades sócio-econômicas, há poucas opções de culturas alternativas.
- É possível reerguer a cultura do algodão no Nordeste de modo consistente se forem conjugados os esforços de diferentes esferas do setor público aos dos produtores. Não é possível dispensarmos uma tal oportunidade de avanço econômico para a região - defendeu Hollanda.
O senador considerou outro forte motivo para o incentivo à cotonicultura o fato de a indústria têxtil no Brasil ser responsável por 11% do Produto Interno Bruto do setor. Ao analisar estimativa da Conab que indica crescimento nas importações brasileiras de 39% em relação ao ano passado, Joel de Hollanda chamou atenção para a "séria vulnerabilidade que pode resultar dessa dependência excessiva".
03/03/1998
Agência Senado
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