Hospitais pedem agilidade no pagamento de serviços pelo IPE



A situação dos prestadores de serviços de saúde, devido à falta de pagamento por parte do Instituto de Previdência do Estado (IPE), foi o principal assunto debatido hoje na Comissão de Saúde e Meio Ambiente. A Audiência Pública foi solicitada pelo deputado Érico Ribeiro (PPB) e contou com a participação de representantes do Hospital de Caridade de Palmeira das Missões, Hospital de Caridade de Santa Maria, Federação dos Hospitais do RS, Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas, Secretaria da Saúde e IPE. O Diretor do Hospital de Palmeira das Missões, Dickson Logomarsino, cobrou uma série de adicionais e valores ainda não recebidos, inclusive o ressarcimento por 800 cesarianas realizadas nos últimos três anos e não pagas. "Sem receber do IPE e do SUS fica inviável manter o atendimento". O presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas, Paulo Saraiva, pediu maior agilidade no atendimento das reivindicações do setor pois, segundo ele, o atraso no pagamento chega a seis meses. "Trabalhamos com insumos e equipamentos importados que precisam reposição". O representante da Federação dos Hospitais do RS, Pedro Westphalen, ressaltou que: "Os hospitais estão cansados com tanta indefinição e angustiados com os atrasos do IPE". O secretário substituto da Saúde, Gilberto Barichello, argumentou que a solução para o IPE passa pela Assembléia Legislativa e por uma ampla discussão com a sociedade. Por sua vez, o diretor de assistência médica do IPE, Jairo Othero, tranqüilizou os representantes da área da saúde ao anunciar o aumento para R$ 25 milhões no valor dos repasses deste mês e a negociação para a abertura de crédito a juros subsidiados junto ao Banrisul para os hospitais. O deputado José Farret (PPB), vice-presidente da Comissão, afirmou que a única solução para a crise dos hospitais e laboratórios conveniados com o IPE é que o tesouro do estado assuma e salde a dívida do Instituto de Previdência. Segundo o deputado, estes hospitais não recebem há mais de cinco meses e não tem condições de suportar a falta de recursos. Segundo o presidente da comissão, Eliseu Santos (PTB), a situação é crítica e exige uma atitude imediata da parte do Executivo. "Ao deixar de pagar o que deve, o IPE está promovendo a falência dos hospitais. É hora de o governo estadual cumprir as promessas de campanha e proporcionar um atendimento de saúde digno aos gaúchos. O Executivo deveria honrar suas dívidas em vez de simplesmente abrir linhas de crédito." Também participaram da audiência pública os deputados José Farret (PPB), Cecília Hypolito (PT).

06/28/2001


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