Hospitais universitários cobrarão de pacientes com cobertura de planos de saúde
O projeto foi votado conforme um substitutivo do senador Geraldo Althoff (PFL-SC) e estabelece que os recursos resultantes dessas internações deverão ser integralmente utilizados na manutenção e recuperação dos hospitais. O número de leitos operacionais destinados aos pacientes não-pagantes não poderá ser reduzido, segundo determinação contida no projeto.
A decisão foi precedida de discussão em que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) defendeu emendas garantindo o atendimento prioritário aos pacientes não-pagantes e suprimindo diferenças no padrão de hotelaria, isto é, nas condições dos quartos oferecidos aos doentes.
Ela argumentou que o problema da proposta está no fato de que não há leitos ociosos em hospitais universitários. Ela também disse que diferenciar o padrão de hotelaria significa generalizar uma infâmia, porque seguramente isso resultará em leitos para pobres e leitos para ricos.
- Se chegar ali o filho do senador, ele não vai ser atendido do mesmo jeito do filho do trabalhador - sustentou ela.
Os senadores Lúcio Alcântara, Geraldo Althoff e Tião Viana (PT-AC) defenderam o projeto, argumentando que ele assegura o princípio da universalidade, sem discriminar ninguém. "Esse projeto não tira nenhum leito dos carentes", assegurou Alcântara. O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) também defendeu o projeto, mas ressalvou que seria melhor que não houvesse diferenciação no padrão de hotelaria.
08/08/2001
Agência Senado
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