Hospital Camaquã poderá fechar as portas
A direção do Hospital Camaquã denunciou, hoje, em audiência pública, na Comissão de Saúde, a falta de verbas para o atendimento a pacientes do SUS e o corte progressivo do número de internações hospitalares.
O diretor do hospital, Edson Gonçalves, afirmou que a entidade tem conseguido manter os compromissos em dia, mas se persistirem os cortes dos recursos, a direção não terá outra alternativa, senão fechar as portas do hospital. "A nossa despesa está ultrapassando a receita,e precisamos equilibrar os gastos, para que desta forma possamos atender à comunidade", alertou.
A representante da 2ª. Coordenadoria Regional de Saúde do Estado, Liliana Altemayer, disse que não foi procurada para falar sobre o assunto, apenas recebeu uma carta avisando do fechamento da entidade. "Recebemos a informação de que o hospital iria cancelar as suas atividades, no dia 27 de março e não fomos chamados para conversar", declarou.
O presidente da Comissão, deputado Eliseu Santos (PTB), avaliou como positivo o encontro, dizendo que o hospital, com mais de 30 anos, não possui dívidas com o governo federal e estadual, não podendo fechar.
"Temos a esperança de que este problema seja resolvido através da parceria da prefeitura da cidade e demais órgãos do Estado, assim a população de Camaquã terá um hospital adequado, em condições de funcionamento", concluiu o parlamentar.
Estiveram presentes na reunião, os deputados Abílio dos Santos e Osmar Severo (PTB), José Farret (PPB), Cézar Busatto (PMDB), Ciro Simoni (PDT), Jorge Gobbi (PSDB) e Edson Portilho (PT).
04/04/2001
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